Em julho, recebeu um convite para ser CEO do oitavo classificado da liga saudita, o Al Ahli, que pagava 12 M€ em três anos. Oferta superava em muito os 300 mil euros brutos fixos anuais de salário que aufere na liderança do Sporting, que em função de objetivos podem subir até aos 600 mil euros brutos.
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Frederico Varandas recusou em julho uma proposta milionária para ser CEO dos árabes do Al Ahli – um dos clubes do Fundo de Investimento Soberano (PIF).
O presidente do Sporting, que irá completar 46 anos no dia 19, analisou o convite e decidiu não dar andamento à negociação, mantendo-se na liderança do campeão nacional, mesmo sabendo que iria auferir um ordenado muito superior (12 milhões de euros líquidos em 3 anos, valores avançados pela CMTV e confirmados por O JOGO) ao montante que recebe atualmente no Sporting: 300 mil euros fixos anuais brutos, aos quais podem ser adicionados até mais 300 mil euros brutos se atingir determinados objetivos. Ou seja, em temporadas altamente positivas em termos desportivos e financeiros, como têm sido as últimas, aliás, o presidente dos leões pode chegar aos 600 mil euros brutos.
Varandas tem projetos para o futuro e um deles deverá passar pela recandidatura às eleições, marcadas para 2026. O presidente dos leões foi eleito pela primeira vez a 8 de setembro de 2018, após ter cumprido as funções de diretor clínico no clube. Varandas superou João Benedito, antigo jogador de futsal do clube, na corrida eleitoral, e sublinhou na altura que “unir o Sporting é colocar os interesses do Sporting acima dos nossos interesses pessoais”, referiu, acrescentando, eufórico: “Tudo faremos para lutar pelo Sporting até ao resto das nossas energias, com paixão e competência.”
Em 2022, recandidatou-se e derreteu a concorrência, com mais de 80 por cento da votação. O percurso de Frederico Varandas tem sido bem-sucedido, de tal forma que se tornou no presidente mais titulado do Sporting, com nove troféus conquistados, entre os quais três títulos de campeão nacional, algo que não acontecia há décadas num curto espaço de tempo (três campeonatos, duas Taças de Portugal, três Taças da Liga, uma Supertaça Cândido de Oliveira).
O projeto definido pelo líder leonino perdeu algum equilíbrio com a saída de Rúben Amorim para o Manchester United e, posteriormente, com o adeus de Hugo Viana, que aceitou o desafio lançado pelo Manchester City para comandar o futebol do clube. Apesar de o edifício ter abanado, não caiu e o Sporting terminou o campeonato no primeiro lugar, juntando ainda ao título principal a Taça de Portugal, ganha ao Benfica no Jamor.
Além de jogadores e treinadores, a liga saudita tem absorvido, embora em menor dimensão, claro, dirigentes portugueses. O antigo CEO do Benfica, Domingos Soares Oliveira, assume as mesmas funções no Al Ittihad, equipa treinada pelo francês Laurent Blanc, campeão da liga saudita na última temporada. O Al Nassr resgatou Simão Coutinho e José Semedo, diretor desportivo e executivo, respetivamente. Luís Campos (conselheiros para o futebol do PSG) e Mário Branco (diretor geral para o futebol do Benfica) também foram contactados por alguns clubes sauditas, mas acabaram por rejeitar o convite.