Sem descartar uma boa oportunidade de negócio ainda neste mercado para ter mais um lateral de raiz à direita, como acontece com os dois da esquerda, o dossiê não é prioritário, até pelo esquema usado
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O V. Guimarães não descarta contratar mais um lateral-direito, mas esse não é um dossiê urgente, ou sequer obrigatório. E isso deve-se a Vando Félix, que promete ser um dos destaques nesta nova temporada. O internacional pela Guiné-Bissau foi titular nas duas primeiras jornadas do campeonato, contra FC Porto e Estoril, e deixou bons sinais. Aos 22 anos, e numa altura em que cumpre a segunda temporada no V. Guimarães, assumiu um papel tático nuclear nas opções de Luís Pinto.
Contratado ao Torreense, da II Liga, no último mercado de inverno, Vando Félix chegou a Guimarães para jogar sob o comando de Luís Freire, que apostava num sistema em 4x3x3 ou 4x2x3x1, funcionando, nessa altura, como extremo clássico, à direita ou à esquerda. Esta época tudo mudou. Não só o treinador, como o sistema tático. Chegou Luís Pinto e o Vitória passou a jogar em 3x4x3. Nesta nova pele, o internacional pela Guiné-Bissau atua como ala direito e os primeiros sinais mostram que encaixou na perfeição no sistema tático. Além de ajudar o trio mais recuado a defender, tem liberdade para atacar, evidenciando todos os argumentos que fazem dele um jogador desequilibrador, combinando ainda com o extremo que joga à frente.
Com argumentos suficientes para dar asas ao ataque do V. Guimarães, Vando Félix confirma créditos na primeira vez que inicia uma época na I Liga, depois dos bons indicadores que deixou em meia temporada. Mais importante ainda, atenua o aparente desequilíbrio à direita, onde só Maga se apresenta como lateral de raiz.