"Vamos recuperar o Benfica, por oposição ao Benfica dos negócios obscuros e processos judiciais"
O advogado e político Rui Gomes da Silva formalizou esta quinta-feira a candidatura à presidência do Benfica, cujas eleições estão previstas para outubro, e disse que o clube do qual foi vice-presidente "não é um negócio".
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Rui Gomes da Silva, de 61 anos, que foi vice-presidente numa das direções de Luís Filipe Vieira, apresentou um manifesto sob o lema "O Benfica é nosso! Dos sócios. Dos Benfiquistas".
"Apresento-me nestas eleições com um objetivo muito claro: devolver o clube aos sócios, os seus verdadeiros donos. Porque o Benfica não é um negócio, porque o Benfica não é um projeto financeiro, porque o Benfica não é uma infraestrutura, porque o Benfica não é, nem pode ser, um interposto de jogadores. O Benfica é nosso. Vamos lá recuperar o Benfica dos benfiquistas, por oposição ao Benfica dos negócios obscuros, dos processos judiciais e da falta de resultados.", defendeu Rui Gomes da Silva.
O ex-ministro deixa ainda críticas ao atual presidente, de cuja lista já fez parte e com o qual entrou em rotura, frisando que o seu projeto se caracteriza "pelo rigor, responsabilidade, seriedade e transparência". "Vamos trabalhar com seriedade, rigor e responsabilidade, investir num projeto desportivo que nos coloque na luta pela vitória na Liga dos Campeões em futebol masculino e feminino. Em futsal, hóquei em patins e nos dê a hegemonia do futebol nacional na I Liga".
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No manifesto, Gomes da Silva diz pretender limitar os mandatos para os órgãos sociais do Benfica, quando o atual presidente, Luís Filipe Vieira, que chegou à presidência em 2003, cumpre o quinto mandato. "Vamos modernizar modelo de governação com limitação de mandatos e democratizar clube com voto direto e secreto".
"Vamos investir nas modalidades, ter voz ativa na tomada de decisões do futebol nacional e criar código conduta transparente no clube e SAD", disse ainda.
Além de Rui Gomes da Silva, na corrida às eleições do Benfica já se perfilaram Luís Filipe Vieira, o empresário João Noronha Lopes, que foi vice-presidente da direção de Manuel Vilarinho, em 2000/2001, bem como o empresário Bruno Costa Carvalho.
Noronha Lopes apresentou a sua candidatura em 23 de julho, enquanto Bruno Costa Carvalho anunciou em 26 de maio que é candidato, apesar de os estatutos obrigarem a 25 anos de sócio efetivo [sócio após a maioridade], sendo este associado desde 2002.