Vandinho foi um pilar da equipa que terminou em segundo e foi finalista da Liga Europa, numa derrota contra o FC Porto. Vê experiência e qualidade para jogo decisivo com os dragões
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Foram sete épocas como indiscutível no Braga, 225 jogos e uma titularidade imaculada em cada campanha, imune a qualquer revolução de um novo treinador. Vandinho respondeu sempre como verdadeiro guerreiro, peça nuclear no Braga finalista da Liga Europa em Dublin e na luta feroz dada ao Benfica no segundo lugar de 2009/10. A guerra pelo pódio transportada para a última jornada da liga, no sábado, implicando ambições fortíssimas diante do FC Porto com o fator casa a amplificar a fé minhota, é sentida pelo antigo médio brasileiro.
Vandinho elogia qualidade vasta em Braga, curva-se a Moutinho, mas vê identidade frágil após saída de Artur Jorge. Antigo médio avisa também para orgulho ferido do rival na luta pelo consolo do pódio.
“Penso que vai ser muito difícil, porque o FC Porto tem orgulho ferido de altos e baixos e tem um ótimo treinador. Sinto, por outro lado, que o Braga perdeu muito com a saída do Artur Jorge. Não é o mesmo, agora! Mas será sempre um jogo decidido em detalhes e como braguista acredito que vai superar o rival e chegar ao terceiro lugar”, afiança Vandinho, reconhecendo um plantel à altura do desafio final. “Há muitos jogadores que podem decidir um jogo, seria ruim citar apenas um. Para o Braga lograr os objetivos mais altos, tem de jogar em conjunto, valorizar sempre o coletivo e todos devem obedecer ao mesmo pensamento”, assinala o antigo médio, avaliando a mira ao título, cada vez menos acanhada.
Vandinho somou 225 jogos pelo Braga, após ter sido contratado ao Rio Ave
“Quando se monta um grupo do Braga, com as condições que tem, os jogadores que chegam só podem ter essa mentalidade de brigar pelo primeiro lugar. Escolhem-se jogadores com esse foco e a juventude também tem de entender essa grandeza. Só assim o Braga voltará a brigar pelo título como fez connosco”, assevera o antigo médio, gabando, sobretudo, o efeito Moutinho, seu adversário numa final da Liga Europa, que até podia estar hoje do lado contrário no jogo de sábado.
“Chegam atletas com foco no título mas jovens têm de entender isso”
“Demonstrou que com trabalho tudo se conquista, chegou humilde, trabalhou, foi só opção do banco alguns jogos. Foi entrando e provando o grande profissional que é, conquistando o respeito de todos os colegas e adeptos. É uma referência do Braga e merece esse reconhecimento. A época dele foi fantástica”, elogia, “orgulhoso” de ter ficado na história do clube pelo vice-campeonato. “O grupo era ambicioso, os jogadores tinham muita qualidade e o Domingos soube lidar com todos. Todo o trabalho diário era feito com motivação máxima, acreditávamos a cada jogo que era possível mais. Por isso todos se lembram dessa equipa”.