Nuno Espírito Santo pede aos jogadores para trocarem a bola rápido e com passes curtos. E exige fintas antes da finalização
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Nuno Espírito Santo não facilita. A época está num momento de grandes decisões e depois da verdadeira "coça" que deu aos jogadores na dupla sessão de terça-feira, o ritmo não abrandou com o treinador do FC Porto a pedir aos jogadores intensidade na circulação de bola e criatividade aos jogadores na hora de definir os lances.
O treino de quarta-feira é um bom exemplo. Depois do aquecimento e de uma curtíssima palestra, Nuno mandou os jogadores dividirem-se em vários grupos (os guarda-redes ficaram à parte a trabalhar com Rui Barbosa) e espalharem-se num dos meios-campos onde já tinham sido colocados bonecos e baliza idênticas às usadas no hóquei em patins. Era para esse espaço reduzido que tinham de finalizar na sequência de um exercício de circulação ao primeiro toque. Só quando a bola chegava ao "último" jogador é que este tinha liberdade para progredir, fintar e rematar.
Deslocação a Guimarães preparada na máxima força e a todo o gás. A época está numa fase decisiva e Nuno quer capitalizar o bom momento que a equipa atravessa. Não há lesionados nem castigados
Primeiro foi o adjunto Rui Pedro Silva a explicar as movimentações, depois Nuno assumiu o comando das operações para corrigir e incentivar o grupo. Fazendo-o inclusive em inglês para que a mensagem chegasse a quem ainda não domina por completo o português. "Vai para cima dele [boneco] e faz uma finta. Não é abanar o corpo, é fintar que eu quero", pediu algumas vezes para que o exercício fosse realizado como pretendia. "Concentração no passe, quero tabelas, rápidas e curtas", acrescentou também, insistindo na necessidade de colocar intensidade no passe de forma a criar desequilíbrios.