A análise às exibições dos jogadores de Vitória e FC Porto no triunfo azul e branco por 3-2, em Guimarães.
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V. GUIMARÃES UM A UM
Bruno Varela 5
Sem responsabilidade nos golos de Taremi e Luis Díaz, agarrou outros dois remates do iraniano e um de Marega. Revelou ainda atenção nos cruzamentos para a área.
Sacko 5
Teve pernas para Baró e Zaidu, mas foi menos intenso no plano ofensivo, ao contrário do que é habitual. Teve uma noite menos tranquila após a entrada de Luis Díaz.
Jorge Fernandes 5
Desgastou-se na marcação a Taremi e Marega. Acabou por lesionar-se no segundo tempo.
Mumin 6
Chegou a ser um osso muito duro de roer para os avançados do FC Porto. Rápido no desarme e eficiente a distribuir jogo.
Mensah 5
Alternou boas intervenções com alguns lapsos. Demorou a atinar com a velocidade de Manafá, mas nunca se rendeu e arranjou sempre forma de apoiar o ataque.
Pepelu 5
Durinho na fase inicial do jogo, fez os possíveis por varrer o perigo para bem longe da área vitoriana. Ficou-se pelas intenções, porque os azuis e brancos foram realmente intensos.
André Almeida 5
Fez um pouco de tudo, desdobrando-se entre manobras defensivas e tentativas de causar desequilíbrios. Perdeu frescura física com o andamento do jogo e seria substituído.
André André 5
Bem vigiado por Sérgio Oliveira e Uribe, poucas vezes dispôs de espaço e de oportunidades para conduzir o jogo a meio-campo. Não deixou de ser, porém, uma referência para os companheiros.
Quaresma 7
É um tratado de bom futebol. De bola colada ao pé e bem sintonizado com os companheiros, precipitou o golo de Estupiñán com um cruzamento perfeito para a área. Com um remate cruzado venenoso, ainda tentou faturar.
Rochinha 7
De drible fácil e muito imprevisível na movimentação, inaugurou o marcador após intercetar um mau passe de Uribe, fintando depois o mesmo jogador do FC Porto. Até ao fim, nunca tirou o pé do acelerador.
Estupiñán 6
Continua a justificar a repescagem de João Henriques. Num bom desvio de cabeça, voltou a marcar.
Suliman 4
Chamado de urgência para render Jorge Fernandes (lesionado), foi infeliz. O FC Porto carregou a fundo e o central não conseguiu ser o travão necessário.
Miguel Luís 4
Não se impôs nas batalhas do meio-campo. A pressão contrária era crescente e o ex-Sporting não arranjou forma de pegar no jogo.
Edwards 4
Lançado em jogo quando a vitória dos portistas já estava sentenciada, foi facilmente dominado.
FC PORTO UM A UM
Marchesín 5
Não pareceu bem colocado, no lance do golo de Rochinha e o desvio da bola em Diogo Leite também não ajudou. De resto, controlou o que era possível.
Manafá 7
Sem sobressaltos no capítulo defensivo, foi um companheirão de Corona a pressionar, em boas combinações com os avançados.
Pepe 5
A facilidade em colocar a bola em Corona estava a ser de grande utilidade, mas um problema muscular precipitou a saída, à meia hora.
Diogo Leite 6
Teve um início azarado, com a bola a desviar nele no golo de Rochinha - a quem negou o bis, aos 26". Com a saída de Pepe, foi o jovem quem liderou a defesa.
Zaidu 5
À paciência dele (e ao fulgor do flanco direito) se deve o facto de, na primeira parte, Quaresma ter feito apenas um remate, e em zona frontal.
Sérgio Oliveira 7
Na ausência de Otávio e perante a instabilidade de Uribe, foi o capitão quem assumiu a responsabilidade de ligar o jogo, um esforço premiado com o passe longo para o 1-1, perto do intervalo.
Uribe 4
Numa distração a meio-campo campo, fez o passe que lançou Rochinha para o 0-1; ainda tentou emendar, mas foi fintado pelo atacante. No segundo golo vimaranense, deixou Estupiñán solto.
Corona 7
Abriu a partida com um remate sobre a barra e passou praticamente o tempo todo a cruzar contra a defesa do Vitória, alheio às oscilações do marcador, até precipitar uma vitória emocionante.
Romário Baró 4
A entrada precipitada na estreia como titular na Liga foi acentuada pelas circunstâncias, mas o treinador acabou por trocá-lo por Luis Díaz. Para trás ficou um bom passe para Taremi (18"), um livre ganho e batido para fora e muita disponibilidade.
Marega 7
Regresso pacífico ao D. Afonso Henriques deserto, onde os adeptos teriam ficado desesperados pela persistência na área, onde Sérgio Oliveira soube que o encontraria, aos 43", para receber o passe com que assistiu Taremi no 1-1. Aos 74", cabeceou a um cruzamento de Corona e fez Bruno Varela brilhar.
Taremi 7
A mobilidade e o sentido de golo dele combinam na perfeição com a infinita disponibilidade de Marega, que lhe serviu o 1-1, Corona ou Luis Díaz, que o assistiu no 2-2. Entre um e outro golo, ficaram várias ameaças. Saiu lesionado, aos 84".
Sarr 5
Saltou do banco para o lugar de Pepe. Só pecou pela passividade no golo de Estupiñán, antes de novo erro de Uribe.
Fábio Vieira 5
Teve a maturidade que o jogo exigia na fase final.
Grujic 5
Chamado para segurar o meio-campo nos últimos minutos.
A FIGURA
Luis Díaz 8
Um campeão irrequieto nunca se rende
O FC Porto pode não ter milhões para alimentar novelas de mercado, mas tem jovens campeões com um espírito combativo que não se rendem perante desafios complicados como o de Guimarães e Luis Díaz ilustrou-o com uma entrada exemplar e tardia na partida em que se esperava vê-lo no lugar de Otávio, inesperada baixa administrativa. Sérgio Conceição chamou-o à meia hora e o extremo colombiano deu logo um esticão no jogo, com dois lances de arrepiar, antes do 1-1. Quando o Vitória fez o 2-1, deu outro abanão, assistiu Taremi no 2-2 e, perito a dominar a bola no caos, entre os defesas foi ele a atirar rasteiro para o triunfo.