Desaire com o Bétis foi pesado (0-4), mas o único numa caminhada longa, que acumulou vários aspetos positivos na primeira participação de uma formação nacional na fase regular da prova.
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Cinco anos depois, o Vitória regressou a uma fase regular de uma competição europeia e, na primeira vez em que uma equipa portuguesa se apurou para a Liga Conferência, deixou boa marca, com grandes números. A começar pela parte financeira, os conquistadores despediram-se da competição com quase dez milhões de euros nos cofres, mais concretamente 9,92 M€, ao terem amealhado 530 mil euros nas pré-eliminatórias e no play-off, arrecadando mais de cinco milhões de euros com a passagem à fase regular e 1,86 milhões de euros pelo percurso desportivo, sem qualquer desaire. O apuramento direto para os oitavos de final, apenas atrás do Chelsea, valeu mais 2,33 milhões de euros.
No desaire (0-4) diante do Bétis, jogo que contou com a melhor casa da época - 28994 adeptos, superando o dérbi com o Braga, que teve 28133 espectadores no D. Afonso Henriques -, o Vitória não conseguiu igualar o melhor desempenho de sempre nas competições europeias, designadamente os quartos de final da então denominada Taça UEFA, em 1986/87, mas despediu-se como a segunda equipa portuguesa que mais contribuiu para o ranking da UEFA.
Enquanto o Benfica, que caiu nos oitavos de final da Liga dos Campeões, contribuiu com 21,75 pontos, os conquistadores, que disputaram o play-off e fase regular da Liga Conferência ainda sob o comando de Rui Borges, amealharam 20,25 pontos, com apenas uma derrota no 14.º e derradeiro jogo, na maior sequência invicta de uma equipa portuguesa nas provas europeias.
Maior percentagem de vitórias
O Vitória somou dez triunfos em 14 jogos na participação da Liga Conferência desta época, ou seja, 71,4% de vitórias. Entre as cinco equipas nacionais que competiram na UEFA, foi a percentagem mais alta, ainda que Benfica e Sporting, respetivamente com 41,6% e 30%, tivessem competido no nível mais exigente, a Liga dos Campeões. Na Liga Europa, o FC Porto ficou-se também pelos 30%, com três vitórias em dez jogos, enquanto o Braga chegou aos 50%, vencendo metade dos 14 compromissos que disputou, desde as eliminatórias.