ENTREVISTA, PARTE I - Uribe faz um balanço bastante positivo do primeiro ano na Europa, conta o que já aprendeu e promete elevar o nível.
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Uribe chegou há cerca de um ano, na altura com 28 anos, para a primeira experiência na Europa. Assumiu-se com um jogador importante na conquista da dobradinha e agora é imprescindível para Sérgio Conceição no ataque à próxima temporada.
Numa entrevista exclusiva a O JOGO, o internacional colombiano conta como viveu um ano repleto de sucessos no Dragão.
Qual é o balanço que faz desta primeira época em Portugal?
-Aprendi muito durante este último ano, que teve momentos positivos e outros negativos. Sinto que a maturidade que fomos adquirindo ao longo de todo este processo nos ajudou a atingir nossos objetivos e a conquistar a dobradinha.
Consegue encontrar uma explicação para só ter chegado à Europa aos 28 anos?
-Sou uma pessoa muito católica e crente. Por isso, acredito que tudo o que acontece na minha vida está de acordo com a vontade de Deus. Ele escolheu esta hora para mim, certamente porque acreditou que eu já estava pronto a dar mais este passo.
Falou com o James, Falcao ou Carlos Queiroz antes de se decidir a assinar pelo FC Porto?
-Sim, claro. Falei com todos, tive a oportunidade de me aconselhar e as opiniões foram unânimes: todos concordaram que vir para Portugal e para o FC Porto me iria ajudar a crescer muito profissionalmente.
Finalizado este ano desportivo, sente que a experiência correspondeu às expectativas que tinha criado a nível individual?
O facto de termos alcançado os objetivos coletivos acabou por ser um grande marco para a minha carreira. Ainda por cima foi logo na minha primeira temporada... Apesar disso, tenho muito mais para aprender e também muito mais para dar a este clube.
Em que medida é que o FC Porto o surpreendeu?
-Para ser sincero, o FC Porto surpreendeu-me em todos os aspetos, tanto na organização, como no cuidado que as pessoas sempre tiveram com as nossas famílias. Depois há os adeptos, que foram sempre incríveis, as instalações... Enfim, tudo é muito maior do que eu imaginava.
"Não quero ser comparado ao Herrera. Vim para para tentar deixar a minha marca e para fazer a minha própria história"
Chegou para substituir Herrera. Sente que chega ao final da época com a missão cumprida?
-O Herrera é um grande jogador e admiro-o muito. Sei o que ele representa para o FC Porto, mas a verdade é que não quero ser comparado a ele. Vim para o clube para tentar deixar a minha marca e para fazer a minha própria história, de forma a conquistar o carinho dos adeptos.
Está preparado para elevar o nível na próxima época e assumir-se como uma das principais figuras do FC Porto?
-Sim, sinto que sim. Desde que aqui cheguei, tenho aprendido e evoluído todos os dias. Tenho a certeza de que com trabalho e disciplina vamos voltar a conquistar títulos importantes na próxima temporada.
Afinal, o que é ser um jogador à Porto?
-Ser um jogador à Porto é ser aquele que joga como um adepto, que tem caráter, atitude e garra. E isso faz toda a diferença.
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