Avançado Paulo Ricardo marcou o golo da única vitória do Marítimo no Estádio da Luz. Defende que os comandados de Daniel Ramos têm de acreditar.
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Foi um jogo que ficou para a história e para sempre na memória dos jogadores do Marítimo que o disputaram. A 12 de setembro de 1987, os insulares conseguiam calar o Estádio da Luz ao vencer o então campeão nacional em título.
Uma recordação aqui feita por Paulo Ricardo, autor do golo dessa inédita vitória insular. "Foi um dos jogos que mais me marcaram. Marquei ao campeão nacional do ano anterior e foi uma vitória ficou na memória dos adeptos do Marítimo", começa por recordar o ponta de lança que representou os insulares por três épocas.
Uma vitória frente a um Benfica muito respeitado. "Vínhamos de uma vitória de 2-1 contra a Académica. O Benfica tinha jogadores muito bons como Silvino, Bento, Veloso, Mozer, Diamantino, Nunes e a nova contratação, Magnusson. As estrelas do futebol nacional", recorda.
Paulo Ricardo, agora com 57 anos, elogia a estratégia do técnico Manuel de Oliveira, já falecido, para esse encontro: aguentar a pressão do Benfica. "Eles tiveram o domínio do jogo, mas sem marcar, com muitas bolas no Magnusson. A defesa do Marítimo tinha três "touros": Oliveira, Amarildo e Teixeirinha. Ao intervalo, a estratégia era sair da Luz com um empate. Viemos com a vitória".
O golo, é inesquecível. "Aos 58 minutos, uma perda de bola do lado esquerdo do Benfica, Jorge Silva, um tecnicista de eleição, rápido, progrediu e cruzou rasteiro. Eu antecipei-me aos centrais e fui feliz no remate longe do alcance do Silvino. Depois, foi só controlar o jogo até ao final. Os adeptos do Marítimo até dançaram o Bailinho da Madeira", disse. Mas o melhor golo marcado na Madeira "foi ter um filho madeirense", garante.
Sobre o embate deste sábado pede confiança. "Claro que o Marítimo tem uma palavra a dizer. Há que acreditar. Embora sendo no terreno do adversário, há que acreditar sempre!".