Frente ao Fafe, Daniel Marques, extremo de 19 anos, saltou do banco da Sanjoanense e estreou-se a marcar na primeira época como sénior, num jogo que guardará na memória. Atraso na construção do plantel não belisca metas.
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Na receção ao Fafe, a Sanjoanense sofreu uma contrariedade logo aos dois minutos, devido à expulsão de Aliu Ronaldo. Entretanto, a equipa de Luís Pinto marcou, por intermédio de Pedro Ribeiro, deixando o emblema de S. João da Madeira com a tarefa de conquistar pontos ainda mais árdua. Contudo, nos descontos, emergiu o ex-júnior sanjoanense Daniel Marques, a resgatar um empate saboroso depois de ter saltado do banco aos 82 minutos.
"É algo que vai marcar a minha carreira, pois foi o meu primeiro golo numa equipa sénior, ainda por cima numa Liga 3. Foi um golo que resultou do trabalho da equipa ao longo da semana. Foi algo que merecíamos", conta o jovem a O JOGO, constatando que a expulsão precoce do companheiro "fez com que a equipa defendesse mais do que atacasse" durante grande parte do jogo. "Por isso, o empate teve sabor a vitória e será muito importante nesta caminhada."
O extremo, que também desempenha as funções de lateral-direito, recorda ainda o que lhe pediu o treinador Pedro Oliveira antes de entrar em campo. "O míster disse-me para procurar o golo e as zonas atacantes. Quando a bola chegou, vinda de um passe do Jota, só pensei em chutar."
Dani é o segundo jogador mais novo de um plantel construído em contrarrelógio, só superado pelo guarda-redes Tomás Silva (17 anos). O atraso na composição do grupo e a inexperiência, segundo o extremo, não vão beliscar os objetivos. "Começámos a construir o plantel três semanas mais tarde do que os nossos adversários e com jogadores que vieram de divisões abaixo, mas temos demonstrado que merecemos estar cá. Podemos partir um pouco atrás, mas isso não serve de desculpa, pois também vejo muita qualidade", destaca o atleta natural de Espinho que começou a carreira no Anta, tendo passado depois pelo Feirense e pelo Rio Ave.
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