Equipa comandada por Domingos Paciência esteve no primeiro lugar até à 20.ª jornada, mostrando, então, uma solidez defensiva assinalável, porque até marcava bem menos do que a atual.
Corpo do artigo
Este Braga está bem e recomenda-se, mas podia estar ainda melhor.
A um ataque demolidor, que ganha sem contestação no comparativo com a melhor versão de sempre dos bracarenses, a que lutou pelo título em 2009/10, não tem correspondido uma defesa à altura.
É verdade que até tem o mesmo número de golos sofridos pelo líder Benfica (12), mas as consequências foram bem piores, não só na comparação com as águias, mas também com o que se passou em 2009/10.
Até à 16.ª jornada, esse Braga de Domingos averbara apenas uma derrota; o atual soma mais duas.
Nas corridas aos títulos entram orçamentos, pois claro, mas também detalhes. E sofrer poucos golos não é, exatamente, um pormenor irrelevante. Apesar da recente entrada de um investidor de bolsos fundos na SAD minhota, não há ainda, que se saiba, reflexo prático para garantir um excedente orçamental capaz de ombrear com os três candidatos crónicos em Portugal. E isso podia ser fator importante neste mercado de janeiro para garantir reforços capazes de vincar um investimento a sério na corrida pelo primeiro lugar.
Mesmo assim, há agora uma diferença significativa favorável que importa ressalvar: ser segundo, este ano, equivale a um título, quanto mais não seja para o departamento financeiro do clube, porque garantirá entrada direta na Champions. Estando este Braga em sintonia com o melhor de sempre, o destino depende também do que fizerem os outros.