O argentino Ezequiel Muñoz foi parceiro de Feddal na defesa do Palermo. Na avaliação ao agora jogador do Bétis, que é alvo do Sporting para 2020/21, destaca a contundência e a classe
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O Sporting está a negociar com o Bétis a contratação de Zouhair Feddal, experiente central hispano-marroquino de 30 anos que quem bem o conhece considera um valor seguro que a SAD leonina está a prestes a adquirir a baixo custo, por uma verba a rondar os três milhões de euros.
"Feddal é duro, sai a jogar rápido e com elegância"
A O JOGO, Ezequiel Muñoz, antigo colega de Feddal na sua passagem pelo Palermo em 2014/15, fala num defesa duro de roer, com facilidade em assumir a transição e um toque de classe com a bola no pé, além do porte físico.
"É um defesa de boa estatura, mais de 1,90 e isso dá-lhe uma vantagem no jogo aéreo pela sua capacidade de salto e estrutura física. Lembro-me bem que nos treinos era muito difícil marcá-lo nas bolas paradas e é muito duro também quando tens de enfrentá-lo como atacante. Nesse sentido, é uma verdadeira garantia de defesa", começou por recordar o defesa argentino, que descreveu Feddal como inteligente e bem posicionado para travar as saídas rápidas dos rivais: "No Palermo jogávamos mais à defesa, mas quando nos apanhavam desequilibrados, lembro-me que a sua capacidade para cortar os contra-ataques dos rivais era impecável. Não coincidimos muito no relvado, mas quando aconteceu tivemos bom entendimento."
Em Alvalade o marroquino é desejado para render Mathieu e atuar preferencialmente no lado esquerdo da linha de três que Rúben Amorim implementou mal chegou ao clube, uma posição na qual Feddal ganhou rotina em Itália e também agora, de forma alternada com uma linha defensiva de quatro, no Bétis.
"Estatura dá-lhe vantagem pelo ar, pela capacidade de salto e estrutura física, e é difícil de marcar nas bolas paradas"
"Lembro-me bem de um jogo contra o Cagliari, que ganhámos por 5-0 e no qual jogámos juntos na defesa em linha de três, estávamos nós os dois a descair para os flancos e havia um líbero no meio, depois cinco médios para atacar. A defender éramos cinco porque os dos corredores desciam. E no ataque ficavam o Franco Vázquez e o Dybala. O treinador do Palermo pedia para sairmos rápido e nesse capítulo aponto uma das suas virtudes: tem uma saída rápida com a bola nos pés, não abusa do pontapé para a frente. Ajudava muito porque na frente tínhamos o Dybala", lembra Ezequiel Muñoz, descrevendo Feddal como um defesa apto a fazer a transição e facilitador da tarefa de organização de jogo ofensivo com a sua classe na condução da bola e eficácia no passe de média e longa distância.
"É canhoto, o que lhe dá uma certa elegância a cada toque. O Sporting é uma equipa importante, de certeza que vai estar à altura dos acontecimentos", concluiu o defesa argentino que conviveu com Feddal uma época na exigente Série A.