"Um tribunal a sério repôs a normalidade constitucional. Afinal, ainda posso falar..."
Na habitual crónica que assina na Dragões, publicação do FC Porto, o presidente recorda o castigo de 90 dias pela entrevista dada a O JOGO, as reações do Benfica após a derrota no Estádio do Dragão e elogiou um dirigente dos encarnados
Corpo do artigo
Dois momentos fortes marcam o artigo que Pinto da Costa assina na Dragões, publicação do FC Porto. O presidente portista começou por recordar o castigo de 90 dias que cumpriu após decisão do Conselho de Disciplina da FPF. "O 25 de abril aconteceu há quase 50 anos, mas ainda sobrevivem alguns resquícios vermelhos dos tempos da outra senhora e ainda há órgãos disciplinares que gostam de aplicar castigos por delito de opinião".
Pinto da Costa refere-se à entrevista dada O JOGO no final da temporada passada, em especial uma passagem. "É uma tristeza que não haja um mínimo de verdade desportiva nos jogos [do Benfica] de Santa Maria da Feira, de Braga, de Vila do Conde. São três manchas negras na história deste campeonato", recordou para concluir. "Como já ocorreu noutras ocasiões, um tribunal a sério repôs a normalidade constitucional. Afinal, ainda posso falar..."
No mesmo artigo de opinião, o presidente portista saúda, naturalmente, a vitória portista no clássico com o Benfica, aproveitando para comentar os dias seguintes, designadamente a reação dos encarnados através de alguns comunicados. "Mas, mesmo sem espinhas, houve quem tivesse ficado com qualquer coisa cravada na garganta que lhe afetou o cérebro e a capacidade de raciocínio. Só assim se compreende os despudorados ataques do Benfica à arbitragem para justificar uma derrota que foi clara e justa e para atenuar uma desconfiança que já é indisfarçável em relação à sua equipa", pode ler-se antes de elogiar a "clarividência" do vice-presidente encarnado, Alcino António, "que é o que resta do Benfica com os valores do saudoso Fernando Martins"