O presidente Gilberto Coimbra mantém a fé na permanência e puxa por todos frente à Académica.
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O Tondela tem dado uma verdadeira lição de transcendência e coragem, contrariando a tendência de quem está em último, desde a décima jornada, dificilmente se reergue. A equipa beirã agarra-se à réstia de esperança de superar a fatalidade da descida frente à Académica, jogo que poderá ser recordado na história do clube que se estreou, esta época, na I Liga. O presidente Gilberto Coimbra faz questão de dar o exemplo. "Davam-nos já como mortos e enterrados. Estamos vivos e nas conversas com os atletas transmiti-lhes confiança na sua qualidade", disse a O JOGO.
Acreditar é um verbo de força, pelo que o líder espera, no sábado, extravasar o que tem sido tensão em alegria. "A crença de que é possível, sobrepôs-se a tudo. Acreditei sempre, e Petit tanto ou mais do que eu." A viragem de um destino previsível deu-se na casa do FC Porto. "O clique aconteceu com a vitória no Dragão. Foi entusiasmante. Os jogadores interiorizaram que tinham qualidade e a sorte, que nos faltara, acompanhar-nos-ia", realçou Gilberto Coimbra. A cidade e os adeptos não puderam viver o frenesim dos grandes jogos, pois foram todos desviados para Aveiro, devido às obras de remodelação do Estádio João Cardoso. Ainda assim, o presidente considera que o clube "levou o interior aos grandes palcos. O clube, os adeptos e a região merecem viver isso". Em Tondela, maio é mesmo o mês do coração. Tal como aconteceu no ano passado: a subida à I Liga no último lance do jogo em Freamunde. Agora, os beirões precisam que União ou V. Setúbal percam. "A nossa atitude será igual: unidos para ganhar; o estádio cheio a apoiar", concluiu.