Um português em Israel: "Então tenho de conduzir uma ou duas horas e depois entrar em jogo?"
Lateral atravessa a melhor fase da carreira no Hapoel Be'er Sheva. Vésperas dos jogos mudaram drasticamente e o dia 7 de outubro de 2023 foi marcante. Ex-jogador do Paços de Ferreira está em Israel desde 2021 e vê-se a jogar “mais quatro ou cinco”. Vida está “mais tranquila” com o amainar do conflito com a Palestina.
Corpo do artigo
Entre viagens e um fuso horário com quatro horas de diferença, Hélder Lopes atendeu a chamada de O JOGO com franca simpatia. Aos 36 anos, o lateral-esquerdo considera estar a atravessar “a melhor fase da carreira” e não pensa em parar. Israel virou “casa” para o português, que, apesar do choque cultural que enfrentou ao trocar o AEK Atenas pelo Hapoel Be'er Sheva, um dos rivais do adversário do FC Porto esta noite, relata uma “adaptação rápida”.
“Senti um choque grande ao vir para cá, mas adaptei-me facilmente. Os costumes do povo israelita não são assim tão diferentes dos europeus. Muitos habitantes até têm passaporte português”, conta, ao nosso jornal. “Mas notei diferenças, é óbvio. Todas as manhãs, a maioria dos jogadores reza antes do treino e respeitam muito o 'shabat', o dia sagrado e dedicado à família, de sexta para sábado. Muitas vezes, jogamos ao final da tarde de sábado e alguns jogadores até ficam em hotéis próximos dos estádios, para poderem ir a pé”, detalha.