Vai no sexto jogo em branco, sem deixar de ser um dos mais influente na produção ofensiva.
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Mehdi Taremi atravessa uma daquelas fases que é tão aborrecida quanto inevitável para os avançados: uma série de jogos sem marcar.
O artilheiro está há seis partidas em branco, a sequência mais longa da época, contudo, não deixa de ter um contributo determinante para a obtenção de golos.
No fundo, as duas coisas explicam-se um pouco uma à outra. Esta época, de uma forma mais vincada, o iraniano chega a confundir-se com um terceiro médio, com Sérgio Conceição a explorar as características "refinadas" do jogador na construção de jogo. Assim, nestes últimos seis jogos, Taremi não festejou qualquer golo, mas assistiu para três e sofreu o penálti convertido por Francisco Conceição frente ao Feirense. A contagem de assistências (cinco no total) até poderia ser maior, basta recuar ao jogo com o V. Guimarães no qual o camisola 9 deixou Luis Díaz e Corona em situações muito privilegiadas. Mesmo assim, nada que impeça o iraniano de ainda ser, a par de Luis Díaz, o jogador mais influente na produção ofensiva, com nove golos e cinco assistências - o colombiano apontou 12 e serviu dois. Por outro lado Mehdi é o único ponta-de-lança presente no top-5 das assistências da Liga Bwin, com quatro passes para golo.
Não obstante, como já admitiu a O JOGO, Taremi fica "sempre chateado" quando não marca, mas também está longe de se tratar de uma situação inédita. Na época passada, esteve oito jogos seguidos em branco e, curiosamente, o Portimonense, adversário de hoje, foi a primeira equipa a quem marcou pelo FC Porto.
Mentor do avançado não esconde surpresa com a evolução
Em declarações à imprensa do Irão, Nasser Ebrahimi, treinador que ajudou a projetar o jovem Taremi, mostrou-se surpreendido com a evolução do jogador. "Quando estava no Bushehr, o pai do Mehdi era meu assistente e tinha dois filhos muito talentosos. Apresentei-o às seleções jovens do Irão e, felizmente, o Ali Daei levou-o para o Persepólis. Naquela altura, pensava que ele seria o melhor jogador do Irão, mas não imaginava que fosse para o FC Porto", contou Ebrahimi, esperançoso que o jogador "regresse o mais rápido à seleção", depois do desacordo com o selecionador. "Treinadores fracos castigam jogadores, os bons conversam e recuperam os jogadores", vincou.