Jota passou a avançado com a alteração tática e restam apenas Corona, Varela e Brahimi, que vai estar fora um mês. O técnico quer uma nova solução, diferente das atuais.
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A prioridade do FC Porto para o mercado que abre a 2 de janeiro é um extremo e o perfil do jogador a contratar já está bem identificado por Nuno Espírito Santo: é obrigatória qualidade técnica, mas essencialmente velocidade. Um extremo rápido é o que se pretende, porque Corona e Brahimi são jogadores mais interiores, de finta curta, e o técnico portista quer outro tipo de solução, diferente e capaz de oferecer à equipa algo que nem o mexicano nem o argelino dão de forma regular: profundidade, passo largo e explosão pela linha. Uma espécie de Varela de outros anos, quando era mais jovem e tinha outra disponibilidade física.
A obrigatoriedade de reforçar a ala tem muito que ver com o esquema tático atual, que Nuno estabilizou nos últimos dois meses e que, acredita, será definitivo para a equipa. Quando o plantel foi construído, havia Corona, Brahimi, Varela e Diogo Jota para a posição. Mas depois de abandonar de vez o 4x3x3 em favor do 4x4x2, Nuno deixou de contar com Diogo Jota para uma posição lateralizada, pelo que três soluções são pouco para o que falta jogar. Pior: Brahimi vai para a CAN e pode perder até sete jogos. Corona e Varela seguram as pontas, mas são poucos para o volume de jogos que os dragões terão de disputar. É verdade que Nuno tem utilizado Layún, Herrera, André André e, mais recentemente, em curtos minutos, João Carlos Teixeira, mas a verdade é que nenhum se fixou e foi quando Brahimi pegou que a equipa melhorou. O treinador não quer ter de adaptar de forma recorrente estes outros nomes e pediu à SAD o tal extremo, que não será Marega, que brilha no V. Guimarães, mas Pinto da Costa já descartou.
Kelvin é uma das hipóteses em cima da mesa, mas não invalida o ataque a um reforço de peso. Isto porque, mesmo com Brahimi, Nuno queria um quarto ala para o plantel. Sem ele até fevereiro, podem entrar os dois. A progressão do brasileiro agradou muito à estrutura, a identificação que tem com os adeptos também é importante, mas o técnico quer uma mais-valia inequívoca para somar.