Na primeira volta, os dragões perderam oito pontos frente aos adversários que lhes restam. Um desses desaires foi especialmente duro, um 4-1 imposto pelo Benfica, única equipa entre os seis primeiros classificados que o FC Porto vai encontrar nas derradeiras oito partidas.
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A visita do FC Porto ao Estoril, no domingo, marca o arranque para a derradeira fase do campeonato, com oito jornadas por disputar até ao fim. No plano meramente teórico, o calendário diz que os dragões já passaram pelo pior, uma vez que lhes resta um adversário entre os seis primeiros classificados, mas a prática e o histórico aconselham cautela.
Esse opositor é o Benfica, que visita o Dragão daqui a duas jornadas para o encerramento dos clássicos do FC Porto e que poderá ser decisivo na meta, neste momento já difícil, de chegar ao segundo lugar e à Liga dos Campeões. Também haverá orgulho ferido envolvido, uma vez que, na primeira volta, os azuis e brancos sofreram uma pesada derrota, por 4-1. Até ao fim, os azuis e brancos perderiam pontos noutros dois jogos e cada um também com impactos significativos. O empate (1-1) em casa do Famalicão ficou marcado por um golo de Samu revertido para um penálti contra, que Diogo Costa até defendeu, mas sem que os dragões atingissem os três pontos. No final, viram-se algumas das maiores demonstrações de contestação da época, com Vítor Bruno na linha da frente perante a fúria dos adeptos e uma garrafa de água a voar da bancada. Ainda assim, o ar melhorou de tal forma que, três jornadas e outras tantas vitórias depois, o FC Porto foi à Madeira com a possibilidade de isolar-se na liderança do campeonato, mas não só perdeu por 2-0 com o Nacional, como ainda assinou uma exibição surpreendentemente pobre e apática.
Contas feitas, foram 16 pontos conquistados contra os adversários que restam pelo caminho, com o FC Porto desafiado a fazer melhor, também porque tem o Braga a respirar no pescoço na luta pelo terceiro lugar. Por outro lado, à exceção da última época, em que, curiosamente, os dragões perderam por 1-0 em casa do Estoril na mesma jornada 27, antes de outro desaire e um par de empates, as retas finais na I Liga costumam ser fortes. A de 2022/23 potenciou até a melhor segunda volta da época e a anterior, em 2022, foi quase perfeita, mas a derrota em Braga não impediu a conquista do título nacional.