Licenciado em Educação Física, Hugo Gomes, defesa do Estoril, marcou seis golos. Eterno estudante, gosta de aprender mais sobre várias áreas, como a Política.
Corpo do artigo
Hugo Gomes foi uma das figuras do Estoril. Além da solidez defensiva que deu aos campeões da Liga SABSEG, juntamente com o parceiro do eixo Hugo Basto, o central brasileiro, de 26 anos, foi também decisivo no ataque, apontando seis golos. Números que, contou a O JOGO, se explicam pelo facto de ter tido "uma sequência de jogos maior do que noutras épocas", bem como "pela confiança dos colegas de equipa, que já sabiam onde colocar a bola".
Cinco dos golos que apontou foram na sequência de lances de bola parada e um foi de livre direto. "Penso que é bom para um jogador ter algo de diferente. Na minha opinião, o mais importante nesta posição é defender, mas se puder ajudar ofensivamente é sempre bom", apontou o camisola 25 canarinho.
Antes de chegar ao futebol português, em 2018, na altura para assinar pelo Famalicão, Hugo Gomes licenciou-se em Educação Física, um curso que lhe permitiu "conhecer anatomicamente boa parte do corpo humano" e ajuda-o "a compreender melhor a fisiologia e a parte muscular". Aliás, o central diz que, quando não está a jogar, procura "aprender sempre coisas novas". "Eu considero-me autodidata. Gosto de ler livros sobre outras áreas, porque no futebol num dia estamos bem e noutro não. Por isso, tento preparar um plano B. Tenho lido muito sobre a política no Brasil e a nível internacional", conta.
Logo, com tanta disponibilidade para aprender, a forma de jogar introduzida por Bruno Pinheiro, treinador estorilista, acabou por ser interiorizada facilmente pelo central brasileiro. "Comprei esta ideia de jogo. Para o adepto pode parecer arriscado, mas a verdade é que temos sempre opção de passe. Se por acaso perder a bola, vai ser por uma falha minha e não por causa do modelo jogo", avalia Hugo Gomes.