Youssouf Sow, avançado da Guiné-Conacri, chegou a Moncarapacho em novembro de 2020 e estreou-se a marcar na Série H após cinco jogos. Confessa ter "muitas saudades" de casa e em especial da mãe.
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Oriundo da I Liga da Letónia (FK Jelgava), Youssouf Sow, versátil avançado de 27 anos, fez dois dos quatro golos (59" e 70"), além de uma assistência, no Moncarapachense-Aljustrelense (4-1), 35 dias depois da última aparição da equipa do Algarve, devido ao contexto pandémico e consequente adiamento de jogos. Ainda assim, a gratidão pelo treinador dos algarvio, Ivo Soares, é também tónica motivacional para o guineense Youssouf Sow.
Como explica um triunfo e um desempenho pessoal destes após longa paragem?
- Quando se treina bem, colhem-se frutos. Não abrandámos, mesmo a treinar individualmente. O cansaço não se notou, embora seja difícil regressar, pois cumprimos o plano de treinos. Sou ambicioso, dedicado, fiquei feliz e quero retribuir por ter sido bem recebido no clube. Para mim, é muito importante ajudar a equipa.
Sente-se seguro em relação à pandemia?
-Estamos devidamente isolados nos nossos quartos e nunca nos faltou a alimentação. Corre tudo bem.
Sente-se valorizado?
-O treinador mostra que confia em mim e eu confio nele. Aliás, levo o treinador no meu coração, pois sempre apostou em mim desde que o conheci. É bom ter alguém que acredita no nosso valor.
Conseguiram a segunda vitória consecutiva e estão na melhor fase de resultados. Qual é a meta traçada pela equipa nesta temporada?
-Queremos a permanência, algo que o clube nunca conseguiu na história. Mas entre os jogadores ambiciona-se algo mais. Se formos à Liga 3, melhor ainda.
Quais são os seus pontos fortes?
-Basicamente, capacidade para fazer passes de rutura, assistências para golo e bater pontapés livres. Bato bem. Sou mais um número 10 do que um avançado. Agora não se vê essa posição nos sistemas táticos dos treinadores, mas adaptei-me a jogar adiantado quando fui o melhor marcador deste campeonato [19 golos marcados pelo Louletano, na época 2016/17 do Campeonato de Portugal]. Tenho muita frieza a finalizar na grande área e consigo desempenhar qualquer posição do meio-campo para a frente, mesmo na função de número oito.
Aos 27 anos de idade, o que ainda continua a almejar na carreira?
-Em Portugal, todos os jogadores sonham disputar a I Liga, mas há que dar um passo de cada vez. A II Liga também é muito apelativa, mas não me destaquei a jogar lá [ao serviço do Leixões, na época 2017/18] por jogar fora da posição natural.
Sente saudades da Guiné-Conacri e tem mantido contacto com familiares?
-Sim, tenho muitas saudades de casa e de estar no meu país. A pandemia não me deixou ainda reencontrar a minha mãe, mas continuo a sonhar em tê-la por perto em Portugal.
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