Helton ofereceu espaço de trabalho a César para relançar carreira em Portugal. Acabou premiado
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César elogiou o amparo de Helton no momento crítico de espera pela resolução do seu futuro, quando viu o contrato terminar no Boavista, aguardando convites para prosseguir a carreira, preferencialmente em Portugal. Quando Bracali e o Boavista o recuperaram, sondando o regresso do brasileiro por uma possível extensão do vínculo numa fase crítica com lesões de dois guarda-redes, o ex-Flamengo agarrou o convite e logo abraçou a titularidade. Com notável resposta e preponderância em alguns pontos, que vão mantendo os axadrezados a salvo. O antigo guardião do FC Porto, rosto de uma academia onde acolheu César, devolveu a cortesia.
César elogiou o antigo guarda-redes do FC Porto pelo contributo dado nesta segunda vida no Bessa, agarrada de forma inesperada depois de ficar sem contrato, recuperado no meio de graves lesões.
“Já conhecia o seu trajeto, mas depois deu-se um contacto pessoal por um amigo comum. Quando ele termina contrato vai de férias e entra em contacto comigo pela vontade de retornar a Portugal. Sem problema algum disse para ele usar a academia, para manter a forma. Fizemos um trabalho ótimo, o que era necessário para o nível dele. Estou orgulhoso por esse contributo”, destaca Helton, elogiando o perfil de César, que estava no Flamengo na era de Jorge Jesus.
“Ele é muito humilde e um atleta incrível. A nível psicológico estava preparado antes de saber do interesse do Boavista. Já tinha recebido outras ofertas, mas ele sabia o que era melhor e trabalhava em cima disso. Nunca o vi ansioso, mesmo que pela idade e momento quisesse resolver depressa o futuro”, aclara, lendo um pouco do contributo dado a César. “Eu não tive que lhe ensinar nada, apenas tentei ajudar a que se potencializasse, porque todos os dias podemos aprender e melhorar. Foi um privilégio ter comigo o César, tentar fazer com que acreditasse mais no seu potencial”, sublinha Helton.
Segue-se o Sporting, em Alvalade, na rota do guardião da pantera, onde a motivação será elevada. “Tem experiência e maturidade para lidar com isso, o jogo é diferenciado pelo nível de exigência. Sabe que é apenas mais uma oportunidade de fazer uma ótima exibição, ajudar a equipa e fortalecer o seu trabalho. Não tem se preocupar com A, B ou C. César é sereno, concentrado e trabalha de forma séria”, argumenta Helton, resumindo a questão de quem veio subitamente do desemprego para titular na I Liga. “Jogando ou não jogando, um atleta tem de estar preparado, ele teve essa consciência quando ficou sem contrato. Preparou-se ainda mais. Um atleta que não se prepara falha as oportunidades, isso é uma certeza. Ele foi o oposto.”