UM A UM - Análise ao desempenho dos jogadores do Boavista-FC Porto, da 11.ª jornada, que terminou com a vitória dos dragões por 1-0
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BOAVISTA UM A UM
Bracali 6
Regressou à titularidade e certamente estaria à espera de ter mais trabalho. Sem culpas no golo, saiu bem aos cruzamentos e mostrou reflexos, aos 74", num lance em que o árbitro assinalou uma falta. Teve ainda a sorte do seu lado, aos 90", quando a bola bateu no poste.
Fabiano 5
Pouco dinâmico, sobretudo na primeira parte, sentiu-se até pouco à vontade para ultrapassar os adversários nos duelos individuais. Melhorou no segundo tempo, mostrando acerto sobretudo a defender.
Neris 5
Esteve em bom plano, em especial no capítulo defensivo, com vários cortes, mas ia estragando tudo nos instantes finais, quando deixou Zé Luís isolar-se e ficar na cara de Bracali.
Ricardo Costa 6
Ainda deve estar a pensar como falhou o golo do empate, aos 27", quando enviou a bola para a bancada, num lance em que estava com a baliza aberta. Teria sido um prémio para um jogador que fez uma excelente exibição.
Dulanto 6
Foi a surpresa no onze inicial e justificou a aposta de Lito Vidigal. Muito tranquilo e com personalidade, tentou criar perigo nos lances de bola parada.
Marlon 6
Mostrou uma alegria que a equipa não teve. Bem a defender, soube sair a jogar com a bola dominada ou com passes longos para os companheiros. Tem crescido a olhos vistos.
Ackah 6
Não se limitou a defender e ainda tentou ser o primeiro a construir jogo. Muito combativo, travou uma luta intensa a meio-campo.
Rafael Costa 6
Fez muitas recuperações e tentou ainda esticar o jogo da equipa através de passes longos. Muito bem nos lances de bola parada.
Heriberto 5
Foi o primeiro a tentar levar a equipa para a frente através da velocidade, mas foi perdendo fulgor com o passar do tempo e acabou substituído.
Mateus 5
Nunca se escondeu e procurou a bola para ajudar a equipa. Mesmo quando um passe ou outro não lhe saiu bem, nunca desistiu.
Stojilkovic 5
Trabalhou imenso, deu uma luta intensa aos centrais do FC Porto, mas teve pouco espaço para alvejar a baliza do jovem Diogo Costa.
Yusupha 5
Tentou dinamizar o ataque, correu, lutou, mas sem sucesso.
Paulinho 4
Pedia-se mais condução de jogo, mas poucas vezes conseguiu levar a equipa para a frente.
Cassiano -
Sem espaço para criar perigo.
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FC PORTO UM A UM
Diogo Costa 6
Não acusou a responsabilidade de assumir a baliza no campeonato e esteve sempre sereno. A bem da verdade também é bom lembrar que o Boavista foi praticamente inofensivo, não criando grandes motivos para sobressaltos.
Manafá 6
Arrancou o jogo com um par de cruzamentos venenosos e esteve muito ativo pelo seu flanco, ora subindo no apoio ao ataque, ora fechando bem os caminhos para a área. Saiu tocado no tornozelo esquerdo.
Mbemba 6
Apenas um corte disparatado (29"), aliviando a bola para as mãos de Diogo Costa. De resto, foi suficiente para os tímidos avançados do Boavista, que nunca tiveram argumentos para lhe complicar a vida. Importante ainda nas dobras.
Marcano 7
Exibição sem reparos a defender. Na primeira parte (24") ia marcando, num cabeceamento de costas para a baliza, que levou a bola a sair ao lado por pouco.
Danilo 6
Previa-se um jogo físico, de luta e choque, como os dérbis do Bessa nos habituaram, mas chegou para as encomendas, fechando o corredor central e metendo o corpo nas jogadas para se impor sem receios.
Loum 6
Começou com um bom cruzamento para Marcano (24"), mas depois teve uma perda de bola (40") em zona proibida, valendo o fora de jogo. Quase marcava de cabeça (72"), mas a bola saiu ao lado. Procurou não complicar e meter bolas bem medidas, sem correr riscos.
Otávio 6
Bola bem metida em Zé Luís (89"), que lançou como uma seta para a baliza do Boavista. Sofreu com o futebol físico, mas foi combativo e lá foi gizando passes e movimentações à procura da rotura no último terço.
Corona 6
Adivinhavam-se dificuldades para quem, como ele, gosta de colar a bola no pé, tentar a finta e trocar as voltas com toques curtos que "convidam" a entradas duras e acabou por sofrer nos duelos que provocou. Bem a defender.
Marega 6
Voltou três semanas depois, mas não teve engenho, nem arte, para explorar as poucas bolas que lhe chegaram, umas vezes por aselhice, outras por permitir os cortes dos defesas, mas desgastou e obrigou a que tivessem sempre um olho em cima dele.
Fábio Silva 6
Muita entrega na pressão sobre o adversário e na procura da bola. Não teve receios de se envolver no choque e nas disputas físicas. Podia ter marcado (13"), mas não conseguiu desviar a bola para a baliza, num cruzamento de Manafá. A defender usou bem o futebol aéreo para tirar algumas bolas de cabeça.
Zé Luís 6
Recebeu a bola bem metida por Otávio (89"), aguentou a carga de dois defesas, tentou tirar Bracali da frente, mas disparou ao poste. Foi mais um para desgastar e segurar os defesas lá atrás.
Nakajima 6
Esteve bem a segurar a bola nos minutos finais, guardando-a e afastando-a da sua área. Ainda tentou uma combinação com Otávio, mas lá na frente Marega não soube dar seguimento.
Diogo Leite -
Três minutos em campo para travar o chuveirinho.
A FIGURA
Alex Telles: 7
Já não marcava desde a deslocação do FC Porto a Portimão e ontem não só voltou a festejar um golo, como o fez na raça, com um remate repentino, bem executado, que levou a bola a entrar como uma bala na baliza de Bracali. Explodiu com a ansiedade de uma equipa que entrou marcada pela noitada sul-americana e que corria o risco de se enervar com facilidade se aquele disparo não entrasse. Jogou com algum pragmatismo e bola congelada, trocada de pé para pé, com alguns solavancos. Bateu muito bem um canto direto à cabeça de Loum, que por muito pouco não ampliou a contagem. De bola corrida, também fez alguns cruzamentos tensos para a área de Bracali . Ainda não estará no seu melhor, a coxa elástica que exibiu a certa altura por baixo dos calções isso comprovará, mas já foi uma imagem próxima daquele Alex Telles que não se via há algum tempo. E ainda levou um pisão de Heriberto perto do intervalo que poderia tê-lo condicionado, mas aguentou com valentia.