Ugarte sossega atrás e à frente: números mostram que falta de Palhinha não faz mossa

João Palhinha será baixa nos próximos três jogos do Sporting, suspenso na sequência da expulsão na confusão no final do clássico contra o FC Porto, mas a sua ausência já não causa mossa. Manuel Ugarte, contratado para ser moldado ao longo desta temporada para render o camisola 6 na próxima, tem superado as expectativas e sossega Rúben Amorim - e os seus colegas de equipa -, quer nas ações defensivas quer nas ofensivas.

No domingo, contra o Estoril, o uruguaio tem a segunda chance de se mostrar com regularidade, depois de no final de novembro e em dezembro ter rendido o colega, que se lesionou em vésperas do dérbi na Luz contra o Benfica.

Lançado nesse teste de fogo, Ugarte foi protagonista e começou aí a vincar o seu potencial para ser o sucessor de João Palhinha, jogador até aqui fundamental no funcionamento e equilíbrio da equipa e decisivo nas conquistas recentes, ao ponto de voltar a ser aposta de início no clássico.

Ugarte já supera até o colega em alguns dados estatísticos relevantes e destaca-se acima de tudo pela capacidade de transição ofensiva com bola no pé, enquanto Palhinha é mais de descarregar nos colegas com bolas longas. Nas médias por 90", tem mais ações totais (82,7 Vs 74,7), mais passes efetuados (44 Vs 38) e recebidos (31,7 Vs 27,8), mais dribles (3,9 Vs 2,3) e mais duelos (26 Vs 24,2). Noutros itens reina o equilíbrio entre os dois jogadores, como no conjunto entre recuperações e intercepções (13,5 para o uruguaio contra 13,8 do português).

João Palhinha é mais rematador (1 Vs 0,4), faz mais passes longos (3,6 Vs 2,6) e tem mais duelos defensivos (11,2 Vs 10,7) e aéreos (2,9 Vs 1,8), e faz mais passes para o terço final (5,5 Vs 4,3).

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