Preparado para um Benfica forte e cheio de motivação, técnico do Penafiel acredita que o Penafiel pode surpreender no Estádio da Luz
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O Penafiel promete ser proativo no Estádio da Luz. O espetro da descida de divisão ameaça mais do que nunca a equipa, mas Carlos Brito quer deixar uma boa imagem naquele que poderá ser o jogo do título para os encarnados. "O fator motivação do Benfica está em níveis muito elevados. Nós temos que provocar erros ao Benfica, não podemos estar à espera de erros do adversário. Agora, é claro que o Benfica erra muito pouco. Por outro lado, vamos minimizar aquilo em que o Benfica é forte. Até podemos apanhar o Benfica num dia menos bom", analisou, certo de que o FC Porto torcerá claramente pelos penafidelenses. "De certeza que ainda não desistiram do título. O Benfica tem tudo para ganhar o campeonato, mas essas contas não são do meu rosário", atalhou.
Ganhar na Luz e, mesmo assim descer de divisão, seria, de resto, "o sabor amargo da vitória" para Carlos Brito. "Tudo depende da matemática, porque a nossa situação é muito difícil", lamentou, relativizando a ausência, por lesão, de Gaitán. "Seria muito redutor minimizar o Benfica pela ausência desse jogador. Tem grande preponderância na equipa equipa, mas o coletivo é muito forte, fruto do trabalho do Jorge Jesus", referiu o treinador, deixando bem claro que a equipa não se sentirá atemorizada pelos 60 mil espetadores que marcarão presença na Luz. "Isso é um fator de motivação. Não pode ser motivo de medo. Há misto de emoções no balneário. Por um lado, a equipa sabe que está na iminência de descer de divisão; por outro, está muito motivada para um grande jogo com o Benfica. Não damos as coisas como perdidas", garantiu.
Sobre a possibilidade de continuar no clube, Carlos Brito não tem qualquer certeza. "Nenhum diretor falou comigo sobre isso. A ser verdade, seria uma enorme satisfação, apesar de ainda não ter vencido qualquer jogo. Ainda vamos fazer um balanço na devida altura. Descer de divisão é muito complicado. Podia estar confortavelmente parado em casa, mas resolvi arriscar, porque acreditava que as coisas podiam acontecer num sentido positivo", confessou. A terminar, o treinador fintou a situação bizarra de Michel, contratado em janeiro e pontualmente utilizado por razões físicas. "Estando em condições, é um jogador acima da média. Mas não está em condições do ponto de vista físico", explicou.