Pedro Proença deixou uma certeza bem clara sobre o futuro da II Liga, à margem da inauguração das obras do Estádio Carlos Osório, casa da Oliveirense.
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A II Liga não vai acabar. Esta foi a certeza deixada por Pedro Proença, presidente da Liga Portugal, à margem da inauguração das obras do Estádio Carlos Osório, casa da Oliveirense que foi reconfigurada e que volta a estar apta a receber jogos do segundo escalão, depois dos aveirenses terem jogado no Municipal de Aveiro durante as últimas duas épocas e meia.
Pedro Proença falou, inicialmente, sobre a competição quando discursava na cerimónia, enaltecendo o papel de clubes como a Oliveirense na prova. "Caro amigo Horácio [presidente da Oliveirense], tu bem sabes que querem acabar com esta competição e nós não vamos deixar. Esta será sempre uma competição profissional, que tem um espaço próprio de aposta no jovem jogador português e a Oliveirense tem cumprido, sem mácula, este objetivo", afirmou.
Pouco depois, o dirigente explicou o que quis dizer. "A II Liga é uma competição assumida que aposta claramente no jovem jogador português. Transversalmente e há muitos anos fala-se da existência, ou não, desta segunda competição profissional, mas a II Liga afirmou-se por si mesmo. Há 16 clubes com ambição de chegarem à I Liga [Benfica B e FC Porto B não podem subir] e em 2015, quando esta nova direção reposicionou esta própria competição, havia mais dúvidas sobre a existência, ou não. Hoje, em 2019, é uma prova acolhedora de receitas, equilibrada e que faz todo o sentido que se mantenha dentro do espírito de missão que a mesma preconizou em 2015", explicou.
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A alteração do formato tem sido um tema falado quase em surdina. Contudo, Pedro Proença rejeitou mudanças. "Todas as competições têm sempre espaço de melhoria. Em 2015, a II Liga tinha 24 equipas numa competição profissional e esse era um modelo esgotado. Os clubes profissionais fizeram um reposicionamento e o modelo de 18 equipas é um número razoável e adequado", comentou.
Pedro Proença torceu o nariz a uma II Liga constituída por duas zonas. "Essa é uma ideia que não fará sentido. O modelo de negócio da competição é alicerçado nos direitos televisivos e em toda a sponsorização. Ter um aumento de clubes da competição significa repartir as receitas e parece-me que, neste momento, não é oportuno voltar a um tempo recente que obrigou a um emagrecimento da competição", acrescentou.