Declarações de Anatoliy Trubin, guarda-redes do Benfica, em entrevista ao portal "Ukrainian Football"
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Primeiras sensações quando entrou no Estádio da Luz: “As sensações foram incríveis. Houve um momento em que, durante alguns segundos, lembrei-me de uma Donbass Arena [estádio do Shakhtar Donetsk] cheia, onde costumava ir como adepto. Para mim, o primeiro jogo em casa com 55/60 mil adeptos foi algo de incrível. O ambiente é muito fixe, sente-se que é um clube com história e tradições únicas”.
Como foi voltar a jogar num estádio com adeptos e sem a ameaça de bombas, como acontecia na Ucrânia? “É claro que tudo é diferente quando o estádio está cheio. É nessa altura que se tem realmente a sensação de um verdadeiro jogo em casa, de futebol a sério. Todos nós - jogadores, treinadores, adeptos – estamos habituados a isso e sentimos a sua falta. Neste momento, a jogar em Portugal, nem sequer ouvimos o jogador ao nosso lado. Acredito muito e espero que a guerra na Ucrânia acabe em breve e que voltemos a celebrar num jogo de futebol com bancadas cheias com os nossos adeptos”.
Quando chegou ao clube, reencontrou David Neres, com quem coincidiu no Shakhtar. Ainda se lembravam um do outro? “Claro que nos lembrámos imediatamente um do outro. Falei com o David sobre o Shakhtar, da grande equipa que tínhamos e de como o Neres a iria fortalecer. Ele ainda mantém o contacto com os brasileiros do Shakhtar e continua a comunicar com alguns deles. Estou contente por ser meu colega de equipa. Podemos conversar e encontrar espontaneamente uma cara conhecida numa equipa nova é maravilhoso”.
Como vê a luta pelo campeonato? “Há muita competição e intrigas interessantes para os espetadores e jogadores. Mas eu não reduziria tudo ao confronto de apenas dois clubes. Não podemos esquecer o FC Porto, não podemos ignorar as outras equipas. Como podem ver, em todas as jornadas há dificuldades, os adversários criam oportunidades e atacam. Por isso, todas as equipas podem ganhar, independentemente do lugar na tabela”.