Volodymyr Tsytkin, antigo guarda-redes ucraniano, analisa a estreia do camisola 1 pelas águias e não acredita que Schmidt o lance como titular na Champions ante o RB Salzburgo
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Aposta de Roger Schmidt como titular diante do Vizela, Trubin merece reparos no seu país, onde há quem duvide das suas capacidades para defender a baliza das águias. "Penso que Trubin ainda não tem classe para jogar numa equipa de topo e um campeão como o Benfica. Tem muitas fraquezas. É claro que será muito mais fácil para ele evoluir no Benfica do que no Shakhtar, mas por outro lado em Portugal será tratado de forma mais dura", dispara Volodymyr Tsytkin, antigo guarda-redes ucraniano, em entrevista ao portal ukrfootball.ua
Falando de uma estreia de "sucesso" fruto da vitória do Benfica, o atual técnico do Khust e antigo treinador de guarda-redes das camadas jovens da Ucrânia apoia a decisão de Schmidt em lançar o atleta ante o Vizela. "Penso que fez muito bem ao colocá-lo a jogar. É muito importante para um guarda-redes jogar. Acredito que o Benfica contratou Trubin não para ser suplente mas para promovê-lo e vender por muito dinheiro", atira, duvidando, ainda assim, do estatuto de titular de Trubin frente ao RB Salzburgo. "Não acredito que jogue na Champions. Se estivesse no lugar de Schmidt não arriscaria lançá-lo já numa competição destas. É a decisão lógica. Na liga dos Campeões tem de jogar o guarda-redes que está na equipa há mais tempo. Ele ainda tem de adaptar-se à nova equipa", defende.
". Em Portugal, como noutros campeonatos, muitas equipas atacam pelas laterais e se o guarda-redes não souber sair é um grande problema"
O técnico vai mais longe e aponta as "fraquezas" de Trubin. "A primeira é a técnica de guarda-redes, a forma como encaixa a bola, a segunda, e mais importante, é a saída dos postes. No jogo frente ao Vizela, Trubin teve momentos em que conseguiu ser mais agressivo e intercetar a bola. Mas foi uma sorte o facto os adversários terem atirado duas vezes por cima, no próximo jogo poderá não ter tanta sorte. Em Portugal, como noutros campeonatos, muitas equipas atacam pelas laterais e se o guarda-redes não souber sair é um grande problema", realça, acreditando que em Portugal, onde "não há uma má escola de guarda-redes", vai "poder evoluir nesta questão".
A capacidade de jogar com os pés é para Volodymyr Tsytkin o "ponto forte" de Trubin. "É uma tendência que os clubes modernos trabalham, mas penso que é um ponto adicional para um guarda-redes e não o principal."
"Ficarei muito feliz se Trubin conquistar o lugar na equipa do Benfica e se encontrar a estabilidade, mas para fazer isso precisa de trabalhar muito os seus pontos fracos. Se não aprender a sair dos postes permanecerá a um nível mediano", atira.
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