Trio recorda conquista de 1987: "Perdoo o João Pinto, mas acho que nem toquei na Taça"
Declarações de Eduardo Luís, António Sousa e António André na sede de campanha de André Villas-Boas, candidato à presidência do FC Porto, à margem da tertúlia "Conversas à moda do Porto”
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O que foi mais difícil? O Bayern ou tirar a taça ao João Pinto? Eduardo Luís: "Sempre fui muito crítico na situação do final do jogo, em que todos ganhámos o troféu e parecia, na altura, que só um jogador tinha ganho... Se fosse hoje, se tivéssemos ganho a Taça dos Campeões com 60 anos ele não teria feito aquilo. Foi uma atitude de alguém que estava muito contente. Perdoo o João Pinto, mas acho que nem toquei na Taça. Só no avião, talvez... O Bayern foi complicado. Mas jogou-se bem, de 0 a 10, todos nós levámos 11. Foi histórico e, para mim, é uma vaidade enorme. Nesta altura, na altura parecia só mais um jogo. Só alguns anos depois percebemos que tínhamos ganho algo muito importante para o FC Porto. É um prazer ir na rua, alguém falar connosco e recordar essas vitórias."
António Sousa: "Quero agradecer o convite ao André [Villas-Boas] e acredito que, no final de tudo isto, seremos todos felizes. Parece-me que foi mais difícil ganhar ao Bayern do que tirar o 'caneco' ao João Pinto. Esse já estava do nosso lado. Fomos preencher uma página que ainda não estava escrita no FC Porto. O apito final do árbitro é o que me vem à cabeça. Estava perto dele e não me esqueço daquela imagem."
António André: "Quando acabou o jogo, deitei-me no chão e não vi o que se passava. Passados 10 ou 15 minutos é que toquei na Taça, mas quase me levou a mão... Colocámos dentro de nós que aquilo era mais complicado do que realmente era. O intervalo foi espetacular para deixar-nos de cabeça mais fresquinha. O Artur Jorge deu uma palestra fenomenal e fizemos uma segunda parte espetacular".