icardo Horta relançou reta final, Djaló recuperou o melhor nível e Bruma ainda o procura. Há objetivos coletivos e um farol maior
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Ricardo Horta, Bruma e Djaló, três das mais-valias ofensivas do Braga, mas difíceis de compatibilizar no ataque, embora tenham coexistido diversas vezes no início da época e em dois jogos dos quatro de Rui Duarte. Assim aconteceu frente a Estoril e Vizela, com saldo vitorioso. Na abordagem tática distinta utilizada na Luz, Bruma foi o sacrificado e chegou tarde ao encontro.
Apesar da derrota com o Benfica, o Braga não fica fora da luta pelo terceiro lugar, embora lhe esteja destinado um calendário trabalhoso, com deslocação a Guimarães e receção ao FC Porto, havendo antes de tudo que apontar baterias ao Casa Pia. A luta pelo terceiro posto é também um dínamo anímico para objetivos individuais, sendo que Ricardo Horta e Bruma, que já foram escolhas de Roberto Martínez, e Álvaro Djaló, pré-selecionado para uma convocatória da Espanha, alimentam expectativas de um lugar no Europeu. O golo de Horta na Luz foi encorajador para o capitão, que não marcava desde a final da Taça da Liga, recuperar a melhor versão nesta fase final, apesar de se encontrar longe de números de outras épocas.
Já com futuro certo em Bilbau, Djaló reencontrou brilhantismo com a chegada de Rui Duarte, depois de ter perdido fulgor após o anúncio da transferência futura. Com o novo técnico, foi decisivo na vitória sobre o Estoril e assinou primeira parte endiabrada na Luz, gerando o lance do 0-1 com uma fuga estrondosa, acompanhada de perfeita assistência. A exibição recebeu louvores de Rui Duarte e o papel de Djaló foi ainda mais exaltado por ter recuperado para jogar. O espanhol de origem guineense conserva uma esperança de ir com La Roja ao Europeu, ainda que tal seja difícil. Menos expansivo anda Bruma, sem golos ou assistências desde a saída de Artur Jorge, mas consciente de que lhe sobram três jogos para oferecer o melhor e reforçar convicções de Martínez, que não escondeu apreciá-lo.
A primeira vez de Ndour no onze
Ao fim de alguns meses, sabendo que não terá futuro em Braga, pois não foi contemplada qualquer opção de compra no empréstimo que o trouxe à Pedreira, Ndour, nove vezes lançado, foi premiado com a primeira titularidade, ocorrendo na Luz contra o rival no qual fez formação, antes de decidir rumar ao PSG. Foi a surpresa de Rui Duarte frente ao Benfica, correspondendo durante 83 minutos, quando o máximo que jogara, a partir do banco, tinham sido 66’, diante do Qarabag, considerando na soma o prolongamento.