O ex-presidente José Eduardo Bettencourt fez a proposta e cerca de 140 sócios deram aprovação em Assembleia Geral que se realizou este domingo. Os restantes arguidos aos quais o Sporting exige 73,6 milhões de euros terão de aceitar ser julgados em "casa"
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Por sugestão do ex-presidente José Eduardo Bettencourt e concordância do Sporting e dos seus sócios em Assembleia Geral (140 sócios marcaram presença no ato, este domingo), as ações que os leões instauraram no Tribunal Cível a antigos dirigentes, exigindo indemnização de 73,6 milhões de euros, podem transitar para um tribunal arbitral.
A proposta recebeu uma aprovação de 92% dos sócios presentes, e a efetivar-se possibilitará que o processo seja mais célere, além de as partes poderem escolher os "árbitros" de um julgamento feito em "casa".
Recorde-se que o processo surgiu na sequência das auditorias realizadas às anteriores gestões do clube e são arguidos os seguintes ex-dirigentes leoninos: José Eduardo Bettencourt, Godinho Lopes, Luís Duque, Carlos Freitas, José Filipe Nobre Guedes, Silva e Costa, Sousa Louro, Lino de Castro e Carlos Barbosa.
"Por um lado o julgamento num tribunal arbitral é mais célere uma vez que existe um prazo convencionado pelas partes para obtenção de uma sentença (para quem não sabe as sentenças proferidas num tribunal arbitral têm a força de execução igual às cíveis). Por outro lado um tribunal arbitral permite um julgamento, permitam-me, mais 'em casa'. Um dos juízes seria indicado pelo SCP e seria um sportinguista, o outro seria indicado por José Eduardo Bettencourt e seria outro sportinguista e o terceiro, o presidente do júri, mais uma vez um sportinguista, seria escolhido por consenso entre os dois primeiros", explicou Bruno de Carvalho, apontando a exigência de uma comissão de acompanhamento de 100 elementos.