Treina a equipa satélite do Chaves e diz: "É um orgulho ver tantos a dar o salto"
Gustavo Souza treina o satélite do Chaves e explica que a permanência é o principal objetivo, aliado à promoção de jovens jogadores. O brasileiro, natural de Florianópolis, chegou a Portugal em 2005 para jogar no Chaves. Apaixonou-se pela região, casou, teve filhos e agora vê-se a fazer carreira nos bancos por cá.
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Conseguir a permanência é o objetivo principal delineado pelo Pedras Salgadas, da Série A do Campeonato de Portugal (CdP), e, ao mesmo tempo, potenciar jovens jogadores. Gustavo Souza, brasileiro de 38 anos que chegou a Portugal em 2005 para jogar no Chaves, é o treinador da equipa satélite dos flavienses e olha para os exemplos de "João Batxi, Kevin Pina, Samu, Pedro Ribeiro, entre outros" para falar de um projeto que lhe dá gosto.
"É um orgulho ver tantos jogadores a dar o salto para outros patamares. Esta época temos o exemplo do Sylla (sete jogos e dois golos no CdP), que agora está a jogar com regularidade", sublinha a O JOGO.
Dentro de campo, os transmontanos estão em oitavo, dois pontos acima da linha de água. "Tivemos alguns percalços. Não conseguimos, ainda, ter estabilidade nos resultados e somos ineficazes na finalização, o que nos tem custado alguns pontos. Faltam seis jogos e sabemos que temos um plantel jovem, mas vamos conseguir o objetivo", enfatiza. "A baixa média de idades do plantel tem alguns custos. A permanência é o objetivo principal e o segundo é o crescimento dos miúdos. Queremos sempre jogar um futebol positivo, que valorize o clube e o jogador", reforça.
Natural de Florianópolis (Brasil), o antigo avançado casou com uma transmontana, tem dois filhos nascidos em Portugal e pretende continuar a fazer carreira no futebol luso. "Quando cheguei a Portugal fiz uma grande época no Chaves. Tive convites para sair, mas optei por ficar, e no ano seguinte sofri uma lesão grave nos ligamentos. Fiquei com várias limitações físicas e tive outras lesões e problemas musculares, que nunca tinha tido, depois disso. Nunca tive estabilidade física para render o que podia", lamenta.
A ajuda de Jorge Simão e do mítico Vítor Oliveira ajudaram-no na parte final da carreira. "Só mais tarde, treinadores como o Jorge Simão e o Vítor Oliveira me fizeram perceber o jogo de uma forma diferente, porque a qualidade não chega", conta, num português quase sem sotaque canarinho. "A minha esposa é daqui, os meus filhos são portugueses e pretendo continuar por cá. Vou ao Brasil passar férias", termina.
Carreira nos bancos foi pensada
Gustavo Souza retirou-se em 2021, no Vilar de Perdizes, e em 2021/22 estreou-se como treinador principal, precisamente no Pedras Salgadas. "A partir do momento em que aceitei ajudar o Chaves Satélite (de 2017 a 2020) foi a pensar em ser treinador mais tarde. Comecei a tirar o nível 1, ganhei o gosto pelo treino, tive um trajeto de quatro ou cinco anos e depois apareceu o Pedras Salgadas para me iniciar", explica.