Uma vitória hoje deixa os dragões muito próximos do apuramento e embalados para mais uma boa campanha. As últimas tiveram eco no defeso seguinte. Díaz e Corona são jogadores na montra
Corpo do artigo
Os efeitos de uma boa Liga dos Campeões nas finanças dos clubes vão muito além dos milhões em prémios que a UEFA paga. A esse nível, o FC Porto de Sérgio Conceição bateu o recorde em 2018/19, com cerca de 80 milhões encaixados.
Melhores campanhas dão receitas indiretas também superiores: de Jackson a Militão
O valor deste ano já ronda os 50 milhões e um apuramento para os oitavos de final voltará a disparar o valor. Depois há as receitas indiretas. Até que ponto um percurso melhor tem reflexo no defeso de transferências que se segue?
O conhecimento empírico diz-nos que sim e os números que recolhemos confirmam o facto, pelo menos no caso do FC Porto. Há sempre uma exceção a confirmar a regra, mas os dragões faturam mais quanto mais longe chegam, como se pode verificar na infografia acima. E quando não passam a fase de grupos costumam ter mais dificuldades.
A participação na Liga Europa também não é propriamente tão rica como as da Champions, apesar de o último mercado ter contrariado, em parte, isso. Os mais de 70 milhões já faturados (devem ser 90, porque a cláusula de compra de 16 milhões de Danilo pelo Paris SG é ativada de imediato se estes forem, pelo menos, segundos classificados em França) refletem também a necessidade de a SAD portista sair da alçada do fair-play financeiro da UEFA e obrigou à transferência de cinco jogadores.
Voltando às grandes noites europeias, ficaram célebres os casos dos brasileiros Danilo (2014/15) e Éder Militão (2018/19), vendidos em março, a meio da já excelente campanha que decorria. O Real Madrid pagou 31,5 milhões por Danilo e 50 por Éder Militão a meio das melhores prestações na Champions da década.
13067964
Em 2014/15, os portistas só caíram nos quartos de final, mas mesmo assim ganharam por 3-1 ao Bayern na primeira mão. Em 2018/19, com Conceição, foi o campeão europeu Liverpool a derrubar os azuis e brancos.
Mas há outros casos relevantes. Jackson Martínez, por exemplo, fez quatro épocas de topo, mas saiu ao cabo da mais bem sucedida na Europa. Alex Sandro idem. E João Moutinho e James saíram de Portugal logo após a única edição em que realmente se destacaram, apesar de antes terem vencido uma Liga Europa.
Na atual montra portista estão vários jogadores, com Luis Díaz e Corona à cabeça. O colombiano encantou em Manchester e voltou a marcar ao Marselha. Tecatito ainda não faturou mas "resolveu" o jogo contra os franceses na primeira volta.