Declarações de Tozé Marreco, treinador algarvio, após o jogo Moreirense–Farense (0-0), da 18.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado este domingo em Moreira de Cónegos
Corpo do artigo
Análise: “Foi o ponto possível. Quando não podemos ganhar, temos de continuar a somar. Permitimos muito pouco. As duas situações de possível golo são nossas, de bola parada. Permitimos pouco a um adversário com qualidade, tranquilo na tabela. Sabendo que em alguns momentos vamos conseguir fazer mais, com bola temos de ter mais calma e discernimento, mas isso são os pontos que vão trazer. A base tem de ser essa, organização e espírito de sacrifício. Houve uma coisa que não foi boa: perdemos os duelos todos na frente. O Moreirense tem tendência para se balancear para o ataque quando não está a ganhar. Falhámos nessa definição da transição. Tivemos um cabeceamento agora ao fim em que tínhamos de ser muito mais efetivos. Temos de melhorar isso para chegarmos ao fim e podermos dizer que criámos três ou quatro oportunidades. Temos de ser mais efetivos".
Continua em zona de descida: "Estamos em contrarrelógio desde a sétima jornada [quando substituiu José Mota no comando técnico]. Não temos margem de erro. Temos perdido muito pouco. Tivemos seis jogos a zeros [no início do campeonato]. Estivemos a oito pontos do Aves SAD [que agora tem os mesmos 15]. A nossa situação não dava para resolver em três ou quatro jornadas. Acredito, de forma inequívoca, que vamos sair desta situação. Não tenho um plantel construído para este sistema, mas os resultados dizem-me que este é o sistema [tático] correto. Estou confiante. Já estamos a fazer melhor do que na primeira volta. Acredito que vamos ganhar mais vezes. Há que enfrentar as dificuldades".
Mercado: "Precisamos de mais competitividade numa ou noutra posição. Não sei se precisamos de um criativo. Temos o Mehdi [Merghem], temos o Elves [Baldé], temos o Jaime [Pinto]. Equipas que lutam para não descer passam 60% do tempo sem bola. Há que encontrar o equilíbrio entre a criatividade e o rigor tático. Os jogadores que temos estão a lutar muito, mas precisamos de um ou de outro ajuste. Nunca me queixei dos jogadores que tenho”.