Num manifesto publicado no site, a claque Torcida Verde aborda o atual momento do emblema leonino, criticando a direção liderada por Frederico Varandas
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A Torcida Verde, claque afeta ao Sporting, escreveu um comunicado em que visa Frederico Varandas e a direção leonina a respeito da saída de João Pereira do comando técnico, agora substituído por Rui Borges.
"Com o terceiro treinador nos últimos 43 dias, Rui Borges, o sucesso do futebol recolocará a nação leonina num renovado artificial estado de euforia, com o inevitável endeusamento do novo treinador do futebol leonino e da infalível "estrutura". A experiência com João Pereira, agora afastado, será definida pelos narradores oficiais como "normais dores de crescimento", prontamente resolvida pelo planeamento cientifico da "estrutura". Caso os resultados futebolísticos tardem em recolocar o onze leonino na liderança, a balcanização em hibernação com a conquista dos títulos de futebol, poderá revelar-se de novo. Será novo capítulo do modelo "Vitória ou morte" do processo de futebolização, em marcha desde Maio de 1995 com o projecto Roquette, que capturou grande parte da nação leonina. Esse modelo, antagónico com a identidade do SCP, revela um infinito desprezo pelo futebol como um desporto onde o "sucesso" não pode ser apenas sinónimo de "vitórias", de "milhões" no apetecível mercado de compras e vendas de futebolistas", lê-se no manifesto.
"Os acontecimentos futebolísticos do último mês no universo leonino confirmaram os pressupostos desse manifesto. Durante os últimos anos, a narrativa oficial potenciou a idolatra a Rúben Amorim e propagandeou a infalibilidade da sempre omnipresente "estrutura", num assomo de arrogância e soberba, surfando uma onda vitoriosa que garantia eternizar-se: "O bicampeonato era apenas uma mera formalidade!". Ao mesmo tempo, reafirmava-se a narrativa mercantilista com novas profecias em relação a uma futura venda estratosférica do treinador substituto do idolatrado Rúben Amorim, tal como acontecera com outros futebolistas, no seguimento do modelo apresentado para a formação: "Em Alcochete teremos de preparar futebolistas para a Première League"", refere o grupo de apoio aos verdes e brancos, falando também de saída de Rúben Amorim.
"Uma estratégia "comucacional" nos antípodas da IDENTIDADE do Sporting Clube de Portugal que teve como resultados imediatos: a pressão da nação leonina sobre os novos timoneiros do futebol profissional tornou-se sufocante; as assistências em Alvalade passaram da casa dos 40 mil adeptos para a casa dos 20 mil adeptos no jogo com o Santa Clara para a Taça de Portugal; uma espécie de esquizofrenia parece contagiar demasiados "adeptos", obcecados com a conquista do bicampeonato, provocando o espectável efeito boomerang que alertámos no manifesto "Vitória ou morte"", escrevem.