Declarações de Toni à margem da cerimónia fúnebre de Manuel Fernandes, em Alvalade
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Homenagem: “Homenagear o Manel é homenagear alguém que marca o futebol português e o futebol do Sporting. O Manel tem uma particularidade que é ser do Sporting mas ser transversal a isso, no sentido em que o Portugal desportivo nutre por ele um respeito e uma admiração ao longo da sua história, por isso é alguém que parte, que deixa uma saudade imensa a todos nós e não podem ser só os sportinguistas a chorar por ele. Quem gosta do futebol gosta do que o Manel Fernandes fez ao longo dos anos enquanto futebolista e enquanto homem é um homem bom que parte. Esgotam os adjetivos nesta altura, mas é um homem bom, solidário que parte e que nos deixa muita saudade”.
Vocês sentavam-se à mesa: “Em Sarilhos, o melhor pargo cozido que comi foi em casa do Manel. Ele tinha ao pé da igreja um sítio onde fazia petiscos e esse pargo cozido é algo que nunca mais comi na vida. A nossa relação era estabelecida para além do jogo, existiu e já existia ainda antes de eu chegar ao Benfica e de ele chegar ao Sporting. Esse tempo prolongou o que já vinha de trás, mas o mundo mudou e aquilo que era antes já não é igual. Isto transformou-se, penso que para pior nalgumas coisas, outras para melhor, mas é assim”.