Toni Dovale: "Em Portugal, a única forma de fazer crescer os clubes é vendendo"
ENTREVISTA, PARTE III - Diretor desportivo do Vizela, Toni Dovale, fala do objetivo de regressar à I Liga
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Qual o objetivo para a próxima época, pode prometer a subida de divisão?
-O objetivo é subir, mas primeiro há a exigência interna, que tem de ser muito elevada, porque há mais dez equipas na II Liga com o mesmo objetivo. Não podemos prometer que vamos subir, mas prometemos, sim, que esse é o objetivo e que vamos iniciar a época com essa ambição. Na II Liga há projetos economicamente muito fortes, mais fortes financeiramente do que era o do Vizela na I Liga. Vai ser difícil concretizar a nossa ambição, mas temos uma grande ilusão e vamos fazer o trabalho da melhor forma possível para que o Vizela seja capaz de lutar em cada jogo.
O plantel já está a ser projetado?
-Temos de ser realistas face à situação económica do clube, pois carregamos uma mochila de dívidas muito grandes, algumas estratosféricas, como já referi, o que dificulta tudo, mas temos uma ideia muito clara do que queremos fazer. Estamos a trabalhar nisso e em breve haverá novidade.
Além do Essende, há mais algum jogador em vias de ser transferido?
-A minha responsabilidade é estar preparado para quando tivermos ofertas pelos nossos jogadores já tenhamos substitutos com um nível igual ou superior. Em Portugal, pela forma de funcionar, até que os direitos televisivos estejam centralizados, a única forma que temos de fazer crescer os clubes de forma sustentada é vendendo jogadores. Mas não vamos vender jogadores por quantias inferiores ao seu valor.
O Essende já está vendido?
-Não. Há muitos clubes interessados mas ainda não está fechado.
Fala-se também do Buntic e do Matheus Pereira…
-Estamos abertos a ouvir ofertas, mas não vamos facilitar a saída dos nossos jogadores. Se tivermos ofertas, vamos estudá-las. Mas, o que queremos é ficar com os melhores jogadores para termos uma equipa o mais competitiva possível para ganhar jogos e subir à I Liga.