Confira as notas atribuídas por O JOGO a todos os jogadores do Tondela-FC Porto, partida da ronda 23 do campeonato que os dragões venceram por 3-0.
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TONDELA UM A UM
Cláudio Ramos 5
Nem sempre pode fazer milagres. Começou bem, a defender um remate de Adrián López no segundo minuto, mas pouco depois nada pôde fazer para evitar o 0-1 e, no resto do jogo, as suas boas intervenções foram curtas para lhe mudar o rumo.
Fahd Moufi 5
Foi a primeira vez que defrontou o FC Porto e fê-lo com uma exibição corajosa, como se viu aos 65", quando impediu Otávio de se isolar e o acompanhou até deixar a bola em segurança com Cláudio Ramos.
Ricardo Alves 5
Apesar de ter visto cedo um cartão amarelo, por falta de Fernando Andrade, teve o mérito de não se encolher.
Ricardo Costa 5
Fez a falta que deu origem ao 0-1 e foi o primeiro a chegar à bola no livre de Óliver, mas o alívio não chegou para evitar que o FC Porto chegasse ao golo. No segundo, novo corte do central levou a bola até ao remate de primeira de Óliver.
Joãozinho 5
Aos 33" atirou de longe, para fora. No momento de maior pressão portista sofreu um pedaço com a velocidade de Manafá, que viria a sair lesionado.
Jaquité 5
Atingido por uma entrada de Herrera (22"), o médio-defensivo disfarçou as dificuldades e, além de cumprir a travar a ofensiva portista, ainda teve um par de investidas a esticar o jogo até à área de Casillas, até que não aguentou e, aos 42", saiu - demasiado cedo para o que a exibição prometia.
Bruno Monteiro 5
Boa primeira parte, com um desvio para canto numa investida de Fernando Andrade logo no primeiro minuto. À medida que o tempo passou, a lucidez diminuiu.
Juan Delgado 4
O atacante que ainda joga de máscara, devido a lesão, tentou, em vão, ganhar a bola que Ricardo Costa aliviara no 0-1, mas Herrera foi melhor e Delgado não teve espaço para combater a desvantagem prematura.
Sergio Peña 4
Sem espaço para criar desequilíbrios no ataque, ajudou a defender o meio-campo.
Xavier 5
Sem margem para progredir pela ala, como gosta, procurou outros terrenos para chegar ao golo, mas os adversários estavam avisados para ele, que é uma das peças-chave do Tondela.
Tomané 4
Poucas oportunidades para ameaçar Casillas, que lhe ganhou sempre. Quanto atirou de longe, não assustou.
João Pedro 5
Reforço de inverno, tinha 20 minutos de jogo (em duas jornadas) quando saltou do banco para substituir Jaquité. Enfrentou o melhor período do campeão nacional.
Pité 4
Rendeu Xavier e tentou, como ele, encontrar espaço para desequilibrar.
Jhon Murillo 4
Entrou com muita vontade, mas com o jogo perdido.
FC PORTO UM A UM
Casillas 6
Apenas uma defesa a registar (36"), mas uma grande defesa que evitou um golo. No restante, o guarda-redes não teve qualquer dificuldade e cumpriu facilmente.
Manafá 6
Muito projetado no corredor direito, o lateral teve algumas oportunidades para cruzar, mas, sem espaço, também se destacou menos. A defender, não teve tanto trabalho, porque o Tondela arriscou pouco por ali.
Felipe 6
Um mau alívio (36") deixou a bola nos pés de Tomané, que obrigou Casillas a uma grande defesa. Mas foi o seu único erro, porque o brasileiro ganhou inúmeros lances de cabeça, dominando os adversários.
Pepe 7
Estreou-se a marcar (13"), num lance em que foi mais rápido do que a defesa do Tondela, já depois de quase o ter feito aos dois minutos, nessa altura sem conseguir emendar uma bola que Cláudio Ramos desviara. A defender, esteve irrepreensível.
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Alex Telles 6
Ofensivo como de costume, mas sem a precisão que se lhe conhece a cruzar. Foi importante para manter o adversário em sentido, afastando-o do meio campo do FC Porto. A defender, não teve quaisquer problemas.
Herrera 7
Marcou um golo servido numa bandeja por Brahimi e acabou recompensado por mais um jogo em que não se poupou a esforços. Travou tudo o que mexeu na sua zona de jurisdição.
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Otávio 6
Os duelos físicos não são para ele, que gosta de bola no pé e finta curta, com trocas em progressão. Sem espaços e com pressão em cima, não foi fácil, ainda que nunca tenha desistido de procurar soluções para esticar a equipa para o ataque. Falhou um golo feito (87").
Corona 6
Bem guardado, não esteve tanto em evidência como tem sido normal. Ainda trocou de flanco com Adrián para procurar espaços e confundir marcações; no lance do terceiro golo, foi ele que cruzou para o desvio de cabeça de Joãozinho que deixou a bola nos pés de Brahimi. Ainda se isolou, mas o lance foi invalidado por fora de jogo.
Adrián López 6
Começou bem, com um desvio de bola (2") que obrigou Cláudio a uma grande defesa para evitar o golo. Conseguiu ter clarividência e ofereceu bons lances de golo aos colegas. Está na melhor fase desde que foi contratado.
Fernando Andrade 4
Exibição para esquecer. Não acrescentou nada, nem pareceu perceber a posição e as funções que lhe entregaram. Foi um corpo estranho no ataque do FC Porto. Óliver ainda o isolou, antes do intervalo, mas saiu-lhe um passe para Cláudio.
Maxi 5
Entrou para o lugar de Manafá, refrescando a defesa, perante o desgaste do ex-Portimonense, que pareceu tocado. Não jogava há mais de um mês e respondeu bem.
Brahimi 6
Pés de veludo e um excelente posicionamento permitiram-lhe estar no sítio certo para assistir Herrera, poucos minutos depois de ter entrado. Nos minutos finais assistiu André Pereira para este rematar com algum perigo.
André Pereira 5
Voltou a jogar na reta final do jogo e de relevo sobra um remate cruzado, com perigo relativo, em cima dos 90". -António M. Soares
A FIGURA
Óliver Torres 8
Valeu a pena esperar por um golo assim
Que golo! Numa altura em que o FC Porto procurava matar o jogo, surgiu o golo de Óliver, com um remate disparado à meia-volta e em força, daqueles que enchem as vistas, num momento-chave, pouco depois do início da segunda parte. Para o espanhol, terminou a travessia do deserto depois de 64 jogos sem marcar: o último golo datava de 4 de março de 2017, numa goleada ao Nacional. Mas foi sobretudo uma recompensa para um jogador que teve de adaptar o seu estilo às exigências do treinador para crescer e aparecer afinado, como Sérgio Conceição exigiu. Óliver até os suplentes tirou do banco, deixando apenas Casillas a bater palmas na baliza. Não foi uma roda, mas um monte de jogadores para lhe agradecer por um grande golo. No resto do jogo, foi preciso no passe, criativo quanto baste e ninguém se lembrou de Danilo, o que é um grande elogio.
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