O internacional sub-21 fez o segundo jogo a titular, sendo uma das novidades no meio-campo que ajudou a equipa a construir um importante triunfo em casa do Marítimo.
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Não faltam argumentos para Moreno se sentir otimista para a reta final do campeonato. Não apenas pelo triunfo, em casa do Marítimo, que deu novo impulso à conquista da Europa e quebrou uma sequência de seis jogos sem vencer, mas pelo regresso de alguns jogadores nucleares. Tomás Händel sobressai nesse lote de boas notícias, além de Bruno Varela e Jorge Fernandes.
O jovem médio somou a segunda titularidade pela equipa principal, depois de um longo calvário, provocado por uma lesão que o afastou mais de um ano dos relvados.
"No caminho certo", escreveu no Instagram Tomás Händel. Uma mensagem que tem duplo sentido, um dos quais devido aos objetivos coletivos e a outra interpretação poderá ser mais pessoal. O médio está também no caminho ideal e deu mostras disso com uma exibição consistente frente ao Marítimo. O meio-campo ganhou um miúdo determinado e ambicioso.
Händel voltou à competição ao cabo de 385 dias de "muito sofrimento" e de um grande teste à sua resiliência. Durante este período, seguiu escrupulosamente as indicações do departamento médico, com uma postura de grande responsabilidade e recebeu forte apoio de todo o grupo. Foi o seu maior teste à resiliência, pois teve de ser submetido a mais do que uma operação, uma delas em Inglaterra, às mãos de um especialista. Entre uma série de exames complementares, o camisola oito cumpriu um programa de recuperação em que 80 por cento do processo implicava treinos bidiários.
Essa maturidade ficou logo evidente nos dias após à intervenção cirúrgica à lesão muscular na coxa esquerda. "Já a recuperar e com a certeza de que todos os que me envolvem farão tudo para me ajudarem", escreveu em junho.
A 5 de março deste ano, Händel fez o primeiro jogo pela equipa B e marcou de penálti. "Foi uma enorme descarga emocional de muitos meses de luta e de sofrimento", contou. Numa entrevista posterior, o médio-defensivo relatou a vivência do processo de reintegração progressivo à competição, precisando para isso de "uma mentalidade forte" e contou com o apoio especial de Jorge Fernandes, com quem, de resto, partilhou horas no ginásio em recuperação. Apesar do infortúnio, foi escolhido para se juntar à lista de capitães, composta por Bruno Varela, Jorge Fernandes e Tiago Silva.
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