A ausência de Alfa Semedo, por castigo, abre as portas da titularidade ao jovem formado no clube. Com ascendência austríaca, em 2019, recusou o convite para representar a seleção principal daquele país
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Depois de ter sido titular nos jogos da Taça da Liga com o Leixões e com o Casa Pia, Tomás Händel poderá estrear-se no campeonato, no domingo, na receção ao Vizela.
A ausência de Alfa Semedo, por castigo, abre portas ao médio, 20 anos, formado no Vitória de Guimarães, onde joga desde 2010, para dar os primeiros passos na Liga Bwin, e logo perante os adeptos vitorianos.
"Pelo que conheço do Händel, está preparado, mentalmente. Tem muita estabilidade emocional e, por isso, não vai tremer e dará uma resposta muito positiva", assegura Miguel Castro, que orientou o médio quando fazia parte da estrutura técnica liderada por Alex Costa nos sub-23 e na equipa B do Vitória.
"Com o castigo do Alfa Semedo, acredito que o Pepa olhe para o Händel como uma opção muito válida, até porque já o fez e ele teve bons desempenhos. E também acredito que irá crescer muito pela capacidade do Pepa de potenciar os jogadores. Não me surpreende, por isso, que seja alternativa ao Alfa Semedo", afirma, a propósito do jovem com ascendência austríaca (por parte de uma avó), que, em 2019, recusou representar a seleção principal daquele país por querer fazer carreira nas seleções portuguesas.
Ainda não atingiu esta meta, mas, em 2019, foi chamado aos trabalhos da Seleção Nacional de sub-19.
"O Händel é um jogador refinado, com uma inteligência de jogo muito grande", descreve o antigo médio. "Quando ele ainda era juvenil, tivemos oportunidade de o chamar aos juniores, pela maturidade que já apresentava", conta. Para além de "trabalhar muito bem", acrescenta Castro, "este miúdo introvertido e de poucas falas tem uma capacidade de adaptação muito grande", o que fez com que fosse "potenciado como um oito, um "box to box"": "Pode vir a ser um segundo médio de muita qualidade e uma aposta do Pepa para jogar ao lado do Alfa Semedo".