Após assinar a título definitivo pelo Pisa, o lateral fez, em entrevista exclusiva a O JOGO, um balanço dos 12 anos de ligação ao FC Porto.
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Foi "com a cabeça limpa e tranquilo" que Tomás Esteves falou a O JOGO. A partir de Itália, já depois de assinar com o Pisa, o lateral-direito fez um "balanço positivo" dos 12 anos que passou no FC Porto, mas , embora de olho na nova etapa, reconhece que ficou algo por conquistar.
Foram muitos anos de ligação ao FC Porto. Que balanço faz?
-Um balanço positivo. Quando entrei no FC Porto tinha um sonho, mas não imaginava alcançar tudo o que alcancei, ou sequer estar tanto tempo lá. Tinha expectativas, claro, mas não imaginava o que vinha aí. Vivi experiências muito felizes, conheci pessoas que são e serão sempre meus amigos. Muita aprendizagem, como jogador e como pessoa. Aos 13 anos fui viver para o Porto, longe da minha família, e isso fez-me crescer muito.
Ainda chegou a jogar pela equipa principal, em 2019/20. O que faltou para a afirmação plena?
-Talvez mais oportunidades. Logo após a primeira época no plantel principal fui emprestado [ao Reading], quando voltei não fui para a equipa principal... Depois fui para o Pisa, no ano passado, e não tive muitas oportunidades.
As lesões recorrentes nos últimos dois anos foram o principal obstáculo?
-Sem lesões, talvez a história fosse diferente. Teria estado mais disponível, teria feito mais jogos, mais minutos e teria mostrado mais as minhas qualidades. Não sei se foi o principal obstáculo, mas foi um dos principais.
Guarda alguma frustração ou arrependimento?
-Da minha parte, não. Tenho a cabeça limpa, estou tranquilo. Dei o melhor de mim em todos os momentos.
O que destaca do período em que trabalhou com Sérgio Conceição?
-Acima de tudo, a exigência diária, a paixão pelo jogo e a necessidade de estar sempre ligado à corrente todos os dias. Dar cem por cento, sempre.
Voltar ao FC Porto no futuro é um cenário que se coloca?
-Neste momento, não penso muito nisso. Prefiro sempre pensar no dia a dia ou no próximo passo, sem olhar muito para a frente. Se chegar a haver essa oportunidade, ficarei feliz. Apoio o FC Porto desde criança e concretizei o sonho de jogar no clube, mas não conquistei o lugar como queria.
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