
E garante, "ao contrário do que sucede com outros clubes", que em Alvalade não haverá qualquer problema.
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O presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, afirmou esta quinta-feira não ter "preocupação nenhuma" em relação às implicações da crise do Banco Espírito Santo (BES), principal credor do clube, "ao contrário do que sucede com outros clubes".
"Toda a gente adorava que a crise do BES tivesse implicações no Sporting, mas não tem nenhuma. Como cidadão estou preocupado, mas como presidente do Sporting não tenho preocupação nenhuma", disse Bruno de Carvalho.
De resto, o presidente "leonino" considera que é visível que o Sporting está "calmo, estabilizado, estruturado" e que, "se calhar, o mesmo não sucede com outros clubes", numa indireta ao seu rival da Segunda Circular, o Benfica, do qual o BES também é o principal credor.
Na noite de domingo, o Banco de Portugal tomou controlo do BES e anunciou a separação da instituição num banco mau ('bad bank'), que concentra os ativos e passivos tóxicos, e num 'banco bom', o chamado Novo Banco, que reúne os ativos e passivos não problemáticos, como será o caso dos depósitos, e que receberá uma capitalização de 4,9 mil milhões de euros do Fundo de Resolução bancário.
O Fundo de Resolução bancário, que vai capitalizar o Novo Banco, foi criado em 2012 para intervir financeiramente em bancos em dificuldades, aplicando as medidas determinadas pelo Banco de Portugal. Este fundo é financiado pelas contribuições regulares dos mais de 80 bancos com atividade em Portugal e por contribuições extraordinárias em caso de crise num banco em particular.
No entanto, como este fundo é recente, ainda não está suficientemente dotado, pelo que, dos 4,9 mil milhões de euros com que o fundo vai capitalizar o Novo Banco, a parcela mais significativa virá do dinheiro da 'troika' para o setor financeiro, através de um empréstimo com um juro que começa em 2,95%.
