Tirsense defronta o Leixões: "Queremos acreditar que podemos ser um tomba-gigantes"
Cinco jogos e cinco vitórias, esta temporada, três das quais no CdP, deixam os nortenhos no topo da Série A, em igualdade com o Pevidém. O treinador Álvaro Madureira constata que o bom arranque colocou ao clube uma "fasquia mais alta", mas avisa que é preciso ter os "pés bem assentes". Sucesso começa com foco total na defesa.
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Cinco jogos, cinco vitórias, duas na Taça de Portugal e três no Campeonato de Portugal, que garantem a liderança da Série A, em igualdade com o Pevidém. Este é o resumo de um início de época a todo o gás do Tirsense e que deixa o treinador Álvaro Madureira naturalmente satisfeito.
"É utópico acreditar que vamos ganhar sempre, mas estamos com uma fasquia mais alta do que a realidade nos poderia mostrar. Está a ser um início muito bom, mas que não nos garante nada", adverte. Apesar da boa classificação, a subida é palavra que não foi apresentada ao técnico. "Pediram-me um campeonato tranquilo, que possa dignificar o clube, com um futebol atrativo e a lutar pelos três pontos em todos os encontros", revelou.
Os jesuítas já estiveram por oito vezes na I Liga, mas para lá não voltaram desde a última descida, em 1996. Os adeptos, reconhece Madureira, querem ver o clube noutros patamares. "Isso é uma ambição das pessoas, mas temos consciência que só passaram três jornadas. Estamos no início e podemos pensar numa situação dessas [promoção], pensando jogo a jogo, com os pés bem assentes na terra, porque o CdP é altamente competitivo e conseguir três triunfos seguidos é bastante bom", elogiou.
Além disso, dentro de portas são nove os golos marcados e apenas um sofrido. "No primeiro embate tivemos a ambição de fazer golos [6-1 ao Vilar de Perdizes] e ao mesmo tempo quero ter uma equipa equilibrada, já que não sofrer golos permite-nos estar mais próximos do objetivo. É fundamental estarmos concentrados no processo defensivo", sublinhou.
O grau de dificuldade vai aumentar no próximo fim de semana, pois vem aí o Leixões, para a Taça de Portugal. "Queremos acreditar que podemos ser um tomba-gigantes. Iremos defrontar uma equipa muito forte, mas passámos duas eliminatórias contra equipas de escalões inferiores e não tivemos facilidades nenhumas, porque as pessoas acreditam e sonham que em casa podem causar uma surpresa. Nós também somos assim", concluiu.
Com tempo para chegar mais longe
Álvaro Madureira tem 37 anos e foi em 2016/17 que começou a treinar equipas seniores. A meta, assume o próprio, é "chegar o mais longe possível". "Quero alcançar patamares profissionais, sem pressas e sem querer ultrapassar ninguém. O momento é o Tirsense, que está a ser muito feliz graças à estrutura, à equipa técnica e aos jogadores. Quero ajudar a que o Tirsense seja novamente ouvido e falado para que consiga ir mais além", atira.