Tiago Teixeira: "Chegando à I Liga, pelo Sporting, não faria sentido regressar à Liga 3"

Passagem pelo Sporting: "Foram três épocas a trabalhar no Sporting. Uma entrada para os sub-23 a convite do João Pereira, em que foi uma primeira época algo atribulada. Precisámos de adaptar e de crescer. Uma segunda época muito boa nos sub-23, em que ficámos a um ponto de ser campeões, e com todo o mérito acho que chegámos à equipa B. E na equipa B até realizámos um bom trabalho. Estivemos bem no campeonato, bem nas provas internacionais e acabámos por subir também à equipa A. O grande fator foi olhar para esse trajeto que estávamos a realizar, um percurso ascendente, e acreditar que chegando à primeira liga não faria sentido depois estar a regressar à equipa B e à Liga 3. Regressar à equipa B? A hipótese foi colocada quando saímos da equipa A. Falei com o João e disse que tinha os meus motivos para achar que não era ideal para nós e ideal para mim também. O João acabou por tomar outra decisão e ele tem as suas razões e eu acabei por não seguir também. Portanto, houve a hipótese de continuar, ou neste caso regressar à equipa B."

Houve alguma proposta, algum contacto, para se manter na equipa principal como adjunto de Rui Borges? "Não, não, não."

Sai do Sporting a bem ou com mágoa? "Claro que existiu uma frustração, um sentimento muitas vezes de impotência de não conseguir fazer melhor, apesar de todos os esforços, toda a dedicação que tivemos ao longo do processo. Mas saí do Sporting de consciência tranquila, que fiz tudo. Não apenas agora nestes últimos meses, mas durante estas três épocas que lá estive. Não tive qualquer problema, as coisas correram bem em todos os escalões, com todas as pessoas. Foi apenas uma decisão pessoal que acabei por tomar."

Foco está já numa carreira de treinador principal ou pode ser adjunto numa equipa de I Liga? "Neste momento estou a aproveitar para descansar, para estar mais um pouco com a família, para refletir, para tentar ver as coisas do lado de fora. Já não estava parado desde 2017. Têm sido muitos projetos, todos diferentes, tanto em Portugal como fora. E às vezes também é bom estar de fora para refletir, para avaliar, para ver as coisas de outra maneira, falar com colegas, com treinadores, para saber também o que sentiram, o que viram, o que é que cada um deles também está a passar nas experiências que têm agora. Em relação aos projetos, neste momento até surgiu uma possibilidade para ir para fora. De momento vou tentar esperar pela oportunidade certa e avaliar. Não sou treinador principal já desde 2015, mas se surgir o projeto certo, certamente irei agarrar, não descarto, claro, outra possibilidade de ficar com o adjunto, dependendo sempre de quem for o treinador principal."

Que clube o abordou? "Uma possibilidade que tive foi para o estrangeiro, para uma equipa da Europa do Leste. Nada de concreto, apenas uma abordagem."

Acredita que vai voltar à I Liga em breve? "Gostaria de voltar na próxima época, se calhar já no imediato não, mas preparar as coisas para regressar à primeira liga no futuro próximo e se tudo correr bem lá estarei a partir de julho. Portugal mais pela proximidade, pela família, mas no estrangeiro já lá estive várias vezes e já tive a oportunidade de regressar várias vezes. É uma coisa que já estou habituado, a língua também nunca foi problema, mas estarei aberto a qualquer proposta."