
Tiago Gouveia
AFP
Agora no Nice, sublinha que o novo técnico do Benfica "parece gostar de extremos mais verticais", estilo que considera ser o seu. Por isso, deixa entender algum lamento pela saída
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Tiago Gouveia trocou o Benfica pelo Nice no início da época pela falta de espaço nas contas de Bruno Lage. Porém, entretanto viu as águias mudarem de treinador, chegando à Luz José Mourinho, situação que faz o futebolista admitir algum lamento pela saída, até porque acredita que teria mais oportunidades com o Special One.
"Tenho de responder à pergunta diretamente, se teria ou não tomado a mesma decisão... Eu sou de origem um extremo vertical, o míster José Mourinho parece gostar de extremos mais verticais. O Lukebakio tinha bastante tempo de jogo antes da lesão, o próprio Rodrigo Rêgo é um extremo com o qual até me identifico um pouco na forma de jogar, tem algumas parecenças comigo e foi um jogador que o mister estreou. O Ivan Lima também, um extremo vertical, ou seja, olhando para as características dos jogadores que o mister tem usado naquela posição e olhando para as minhas características, talvez pudesse ter mais minutos do que teria com o míster Bruno Lage", confessou, em entrevista à Sport TV.
Emprestado pelo Benfica ao Nice, que tem opção de compra no final da época, o futebolista de 24 anos abordou ainda o mau momento do clube francês e a recente receção com insultos dos adeptos à equipa. "A situação foi um pouco dura, porque ninguém estava à espera. Estávamos à espera porque fomos avisados quando chegámos ao aeroporto, que eles estariam aqui à nossa espera. Avisaram-nos que estavam uma ou duas centenas aqui, acho que estavam um pouco mais, e à medida que o tempo foi passando, o cenário mudou um pouco, obrigaram-nos a sair do autocarro e a passar entre eles, porque bloquearam a entrada do centro de treinos ao autocarro", contou, detalhando: "Tivemos de sair fora do centro de treinos e ir a pé para o centro de treinos, no meio deles. E aí fomos praticamente um a um, nem fomos em grupo, e eu andei, nem olhei para trás, fui sempre em frente. Fui um pouco insultado, acho que eles aí descontrolaram-se um pouco, passaram os limites, mas é passado. Claro que isso fica sempre marcado, fica uma cicatriz no grupo, mas nós temos o nosso trabalho a fazer, estamos confiantes e isso é o mais importante."

