Tiago Djaló, reforço do FC Porto por empréstimo da Juventus, assume-se “preparado” para suceder ao ex-capitão
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Ciente da responsabilidade, mas sem se encolher na hora de “carregar” a herança deixada por Pepe, Tiago Djaló admite que vestir a camisola 3 do FC Porto tem um significado especial. No entanto, garante estar preparado para assumir a sucessão do histórico central e ex-capitão.
“É uma responsabilidade grande. Estou pronto para o desafio, mesmo sabendo que pode pesar, por aquilo que as pessoas dizem e pelo facto de ser o número de um jogador que fez uma boa carreira. Mas sei o que posso fazer e as minhas qualidades. Não será um problema”, assegurou o reforço dos dragões, em entrevista ao Porto Canal.
“Eu e o Pepe somos jogadores completamente diferentes. Não é algo que me interesse muito, mas estamos a falar do número de um grande jogador, que respeito muito e é uma referência. Já tivemos uma experiência boa na Seleção, onde aprendi muito com ele”, recordou o central, em alusão à concentração no âmbito do play-off de acesso ao Mundial’2022. Na altura, o agora portista foi chamado precisamente porque Pepe testou positivo à covid-19, falhando o primeiro jogo.
Tiago Djaló não esconde alguma “ansiedade pela estreia”, mas considera que seria um erro viver nessa antecipação. “O mais importante é saber o que o míster quer, porque até ao próximo jogo faltam alguns dias e começar a pensar nisso pode ser um erro grave. Estou numa fase de adaptação. O mais importante é encaixar no grupo e seguir o que o treinador quer”, vincou o jogador, cedido pela Juventus até ao final da época, sustentando que a paragem para jogos de seleções acabou por ser “benéfica”. “Se o campeonato não tivesse parado, acredito que seria um pouco mais difícil, porque o tempo seria curto. Estou a perceber o que o treinador quer e, felizmente, estou a adaptar-me muito rápido”, detalhou.
Em relação às valências que pode oferecer, Djaló, capaz de se expressar em “seis ou sete idiomas”, define-se como um central “rápido e confortável com bola”. “O FC Porto quer posse e gosto muito disso. A rapidez faz com que a equipa possa pressionar mais alto e quebrar linhas. O meu à-vontade com a bola pode ajudar muito a equipa a criar coisas boas”, acrescentou o defesa de 24 anos.