Contratado como jogador livre, já depois do encerramento do mercado de transferências, o avançado marcou o primeiro golo do V. Guimarães no Bessa e arrancou o livre que resultaria no segundo.
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Titular pela primeira vez nesta época, contra o Boavista, David Texeira teve o condão de transformar o impedimento, por lesão, de Soares num problema quase microscópico, revelando-se fundamental no regresso do V. Guimarães aos triunfos. Num oportuno desvio de cabeça a concluir um canto marcado por Raphinha, o ex- internacional sub-20 uruguaio marcou o primeiro golo da equipa e ainda precipitou o livre que resultaria no segundo, assinado pelo companheiro Hurtado, fazendo lembrar a estreia, nas mesmas condições, do compatriota Jonatan Álvez, precisamente contra os axadrezados. A cópia de Texeira só não foi totalmente fiel, porque o "diamante negro" do ataque vitoriano de 2014/15 faturou em Guimarães e não no Bessa, contribuindo com dois golos para uma vitória folgada, por 3-0, para o campeonato.
Faturar no primeiro jogo a titular pelos minhotos não está, de resto, ao alcance de qualquer avançado, até dos melhores, sendo necessário saltar os nomes de Soares e Henrique Dourado (2015/16) para se encontrar o último autor dessa façanha: Álvez, o mesmo uruguaio que parece ter Texeira como seguidor em Portugal. Desde o princípio do século XXI, já desfilaram 26 pontas de lança (foram contabilizados somente os mais utilizados) pelo ataque do Vitória e apenas 10, incluindo Texeira e Álvez, conseguiram marcar no primeiro jogo como titulares, entrando aqui os nomes de Congo, Sérgio Júnior, Ceará, Vinícius, Carlos Carneiro, Mrdakovic, Roberto e Maazou. Suplente utilizado contra o Santa Iria (Taça), Nacional e Tondela, Texeira conquistou a titularidade numa partida de alta pressão, numa altura em que a equipa não ganhava há duas partidas, e passou com distinção, justificando o empenho do técnico Pedro Martins na sua contratação, então como jogador livre, já depois do encerramento do mercado de transferências do verão.