"Tenho dúvidas que a tecnologia seja assim tão precisa", atira Carlos Carvalhal
Treinador do Rio Ave falou sobre a intervenção do videoárbitro após o triunfo (2-1) no reduto do V. Guimarães.
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Análise do jogo e da vitória: "Foi um jogo com sangue, suor e lágrimas. Era impensável que o Rio Ave, que já não vinha cá ganhar há muito tempo [2013], podia ganhar e não sofrer. É difícil para qualquer equipa vencer na casa do Vitória de Guimarães. É preciso trabalhar, sofrer e ter uma pontinha de sorte. O Vitória não é uma equipa que baixe muito as linhas, mas também não pressiona muito a primeira fase de construção [do adversário]. Fizemos as coisas com paciência até ao momento em que os jogadores do Vitória começaram a subir mais e tentámos penetrar na estrutura deles para criar lances de perigo. Fizemos um golo num ataque rápido e depois fizemos o segundo. Queríamos jogar a segunda parte como jogámos na primeira, mas não jogamos sozinhos. O Vitória passou a jogar praticamente em 4x2x4 e recuámos".
Série positiva: "[Temos] três vitórias [consecutivas], mas cinco bons jogos, pois incluo aí a derrota em casa com o Marítimo (1-0) e a derrota na Luz, para a Taça de Portugal (Benfica, por 3-2), um dos jogos da época. A qualidade de jogo da equipa melhorou muito a partir do jogo com o Marítimo".
Eficácia: "É muito fácil puxar por todos os atributos de uma equipa depois de se ganhar, mas não vou por aí. Fomos eficazes porque conseguimos fazer dois golos. Não fomos mais inteligentes do que o Vitória. Cada equipa teve a sua estratégia. Se o Vitória tem feito mais cedo o 2-1, poderíamos ter sofrido o 2-2".
Intervenção do VAR: "Não me parece que se tenha galvanizado [após o penálti anulado pelo videoárbitro]. É difícil avaliar os lances olhando-se a cada 'frame'. Tenho dúvidas que a tecnologia seja assim tão precisa para que a intervenção humana não seja decisiva em cada lance. Sou defensor do videoárbitro, mas temos de formar pessoas cada vez melhores para isso".