"Tenho a certeza de que o Vitória não era a equipa que o Sporting queria enfrentar"
Targino marcou dois golos no último triunfo dos minhotos em Alvalade, em 2010. Antigo avançado garante que um dos segredos para conseguir um triunfo diante do Sporting é a crença e recorda o jogo épico em que os minhotos conseguiram três pontos, após reviravolta.
Corpo do artigo
O Vitória de Guimarães ainda pode sonhar com um lugar europeu e, para o conseguir, terá um difícil teste um Alvalade, num desafio que pode dar também o título ao Sporting. A equipa minhota não vence em casa dos leões desde 2010, quando, após terem estado a perder por 2-0, conseguiram uma reviravolta para 3-2. Tiago Targino esteve em destaque nesse duelo, saltando do banco para bisar. “Foi um jogo épico, muito pela fase que estava a passar, porque vinha de uma lesão. Conseguir entrar e, em dois minutos, fazer dois golos, ajudando ainda no terceiro. Foi muito bom. Os jogadores têm de acreditar, sou um dos exemplos de que isso é possível. Foi um jogo inesquecível. Infelizmente, o Vitória nunca mais ganhou em Alvalade e espero que se quebre esse enguiço”, assinala a O JOGO.
Sobre o desafio de sábado, Targino não esconde que será “difícil”, mas acredita que o plantel dos conquistadores tem qualidade para ferir o Sporting: “Os jogadores têm de acreditar que é possível. Isso é uma das coisas que, quando se entra em campo, tem de estar em mente. O Vitória tem jogadores para conseguir fazer um bom jogo. E o Rui Borges conhece-os bem. Claro que, se defenderem bem, principalmente o Gyokeres, poderão tirar outro partido. Vai ser um jogo diferente; ganhará quem tiver mais garra e o fator sorte vai depender muito da luta. Se ganharmos o meio-campo, conseguimos sair de lá felizes”.
Apesar da baixa de peso nos conquistadores, que não poderão contar com Tomás Händel, a cumprir castigo por acumulação de amarelos, o ex-avançado acredita que Luís Freire montará uma equipa com um substituto à altura. Considera ainda que o conhecimento de Rui Borges sobre o plantel em nada beneficiará o clube verde e branco. “Será complicado não termos o Händel... Há outras opções, mas temos vindo a jogar com ele, que tem sido muito importante. Há o regresso do Tiago Silva e penso que Luís Freire irá montar uma boa equipa, com o Tiago a pegar na bola junto aos centrais. Se o Gustavo conseguir jogar, sendo um jogador rápido, pode aproveitar as costas do Sporting. O facto de Rui Borges conhecer os jogadores do Vitória não lhe trará vantagem. Mas sabe que terá qualidade pela frente. Se jogasse com outra equipa que não tivesse treinado, estaria muito mais confortável. Ele tocou em certos pontos nos últimos dias, o que só prova que não está tranquilo”, considera.
Targino lembra ainda o encontro da primeira volta, no Minho, que terminou com um empate de números invulgares, para reforçar a certeza de que o final de campeonato será intenso. “Eles já sabem que podemos fazer mossa, e é sempre difícil, seja em que altura for. Prova disso foi o jogo em Guimarães (4-4). Tenho a certeza de que não era a equipa que o Sporting queria enfrentar no último jogo de campeonato. Têm de estar em alerta e, por isso, vai ser um grande jogo”, concluiu.