Tem o Boavista no coração e diz: "Só posso curvar-me por tudo o que vivi no Bessa"
Agora no elenco do Botafogo, Gustavo Sauer recorda passagem pelo Bessa de três épocas e meia com elogios a Petit e a vários jogadores, como Seba Pérez e Yusupha
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Gustavo Sauer joga hoje no Brasileirão pelo histórico Botafogo, líder da competição sob a batuta de Luís Castro, mas não esquece o tempo passado no Bessa, conseguindo potenciar de xadrez ao peito o regresso ao Brasil para um clube de nomeada. Foi, aliás, uma das estrelas da campanha passada, despedindo-se do emblema da Invicta com um total de 31 jogos, dez golos e sete assistências. "Ficou uma gratidão enorme pelo Boavista me te proporcionado momentos incríveis. Sinto que sou lembrado e acarinhado. Só posso curvar-me por tudo o que vivi no Bessa com esses adeptos, uma grande experiência", sublinha o brasileiro de 30 anos.
Fez 105 jogos no reino da pantera e brilhou, sobretudo, em 2021/22 com 31 jogos, dez golos e sete assistências, espremido como autêntico craque por Petit, rumando consequentemente ao Botafogo
A atenção ao rumo da pantera desde a saída é permanente, vincando contentamento pelo rendimento da equipa. "Fico muito feliz pela época tranquila, mas também pelas grandes exibições. Também era de esperar pela valia do plantel e pela equipa técnica muito competente. Houve aí muito trabalho", atesta o médio, sem perder os vínculos fortes aos axadrezados. "Tenho ligações com muitos jogadores, mas, especialmente, com Bracali, com quem falo muitas vezes, particularmente depois de cada jornada. Coletivamente, a equipa mostrou muita qualidade e teve também individualidades que se destacaram", elogia.
Sauer tem ainda o irmão Gabriel a jogar no Pedras Rubras e mantém forte atenção ao que faz o Boavista na Liga
O poder goleador de Yusupha e a liderança de grupo de Seba Pérez são pontos fortes na análise do jogador do Botafogo. "Nem um nem outro me surpreendem. Sempre foi evidente o que valiam para a equipa, são dois grandes jogadores que merecem a melhor valorização. Desejo-lhes sucesso", evidencia Sauer, que viu o Boavista cruzar-se novamente com o Braga, a quem num passado recente ajudou, com dois golos, num vexame dos guerreiros no Bessa por 5-1: "Foi um jogo onde tudo correu bem, os adeptos tiveram influência a puxar por nós e sentimos uma atmosfera fantástica, que nos levou a uma grande exibição com acesso à final four da Taça da Liga. Isso do quarto grande é apenas para fora, dentro do campo sentimos que os podíamos derrotar. Juntou-se o trabalho com a inteligência do míster Petit e fizemos um jogo à Boavista."
Sair como Bracali não é para todos
Sauer fez questão de tributar Bracali, abordando o simbolismo da despedida do guarda-redes, ainda com estatuto de titular, apesar dos 42 anos. "É muito fácil falar dele. É um líder, um capitão e alguém que faz a diferença no meio onde está. Não é para todos sair em grande aos 42 anos, despedir-se assim! Merece tudo aquilo que conquistou", enaltece o médio.
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"Aquilo que sempre me impressionou nele é a liderança e o otimismo", louva o médio, recuando para abrir o baú sobre intimidades com o guarda-redes. "Acredito que temos várias histórias, uma que marcou muito a nossa amizade foi quando tivemos um último jogo da época contra o Gil Vicente. Estávamos a precisar de uma vitória para ficarmos na Liga e fizemos uma aposta. Se ganhássemos e se nos mantivéssemos, pintávamos o cabelo de amarelo. Assim foi, passado dois dias!", encerra.
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