Tarcísio após momento "único e especial": "O meu sonho é subir o Salgueiros à Liga 3"
Tarcísio regressou a uma casa que bem conhece e foi o autor do golo que valeu os três pontos frente ao Länk Vilaverdense, na Série 1 de subida. Para o médio brasileiro, de 36 anos, a equipa portuense "tem condições" para atingir a subida à Liga 3, mas vinca que é preciso "esforço e dedicação". Segue-se o Paredes, na próxima jornada da prova.
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"Único e especial". Foi desta forma que Tarcísio descreveu o momento em que marcou o golo que valeu os três pontos ao Salgueiros diante do Länk Vilaverdense, na jornada inaugural da fase de subida à Liga 3.
Apesar do feito, o médio valorizou a importância do coletivo. "O que importa é a vitória do Salgueiros, a entrega do grupo e a força dos nossos adeptos, que fazem com que dentro de campo se sinta esse apoio. Mesmo jogando fora, parece que jogamos sempre em casa", elogiou o jogador brasileiro, salientando a importância da vitória "frente a um candidato forte" num "jogo complicado".
Para o que resta da temporada, o objetivo é claro. "O meu sonho é subir o Salgueiros, não gosto de falhar, gosto de cumprir", frisou. "Acho que temos todas as condições, mas nada se consegue sem esforço e dedicação", acrescentou.
Esta época, o médio regressou ao Salgueiros depois de ter saído no ano passado. "Já era da casa, saí e passei uns meses no Pedrouços. Mas como se costuma dizer, o bom filho a casa torna", afirmou, explicando o que motivou a saída na temporada passada.
"Tinha acabado o meu contrato e não houve um acordo para a renovação. Posteriormente, vieram ter comigo, falámos e achei que conseguia ajudar o clube", revelou a O JOGO.
Em Portugal há vários anos, o médio começou por vestir a camisola do Freamunde e depois seguiram-se vários clubes, como o Moreirense e o Aves, nos quais participou em campanhas que terminaram com subidas ao principal escalão português, no qual nunca jogou. No entanto, vê todas as experiências como aprendizagens. "Sinto que todos os clubes foram importantes, aprendi muito, principalmente depois do Freamunde e do Covilhã. Tive a oportunidade de também jogar no Moreirense, um clube que investia muito para subir", recordou.
Paixão pelo futebol luso
Tarcísio mudou-se para Portugal na época 2008/09, onde está desde então. Inicialmente visitava o país natal com regularidade, mas agora está há cinco anos sem ir ao Brasil, o que o deixa com saudades.
"É complicado, estava habituado a ir lá com regularidade, sobretudo nas minhas férias, mas depois isso mudou. O mais difícil é estar longe da minha filha, que tem 13 anos, e também da minha mãe. Mas elas sabem que estou aqui para trabalhar, para conseguir dar o que a minha filha precisa", contou.
Para o médio, o futebol brasileiro é bastante diferente do português e, por isso, não se imagina a mudar. "Gosto muito de jogar em Portugal, não voltava ao Brasil para jogar futebol. Aqui é muito mais competitivo, mais difícil e tem muito mais andamento", analisou o jogador que é treinado por Rui Amorim.
Com uma carreira longa, Tarcísio, de 36 anos, ainda não pensou no que pretende fazer quando encerrar a carreira de futebolista, mas tem uma certeza: "Não quero ser treinador de futebol, imagino-me mais a observar jogadores, mas a verdade é que ainda não pensei verdadeiramente sobre isso."
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